O Grupo Cultural Monódia vai partilhar neste sarau a poesia de Hirondina Joshua e Álvaro Taruma, duas jovens vozes que se singularizam por terem uma poesia auto-reflexiva e tendencialmente preocupados com questões existenciais, as questões do ser e suas angústias, e da existência para lá do particular e do lugar. Rui Knopfli fará parte da festa poética, esta voz resgatada pelos novos autores, num tributo a um autor fundamental da poesia moçambicana.
(29 de Agosto, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Este evento inaugura um ciclo em que os escritores saltam da página para testemunhar e trocar experiências sobre o sentido e o acto de escrever. Evento aberto a jovens autores.
João Paulo Borges Coelho, moçambicano, é escritor, historiador e professor titular de História Contemporânea na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, Moçambique. Publica obras de ficção desde 2003. O seu mais recente livro, Ponta Gea, foi lançado em 2017. Os seus romances, contos e novelas estão publicados em Moçambique, Portugal, Itália, Colômbia e agora no Brasil.
(27 de Agosto, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
O Regresso do Descontente de Teresa Taimo é uma obra de cariz multicultural, que tem como pano de fundo a área Militar e retrata a vida de dois jovens de regiões, culturas e posições sociais diferentes de Moçambique. As tradições conjugadas, os tabus e mitos da vida Militar que o tempo não conseguiu apagar, fazem as entre linhas sagradas deste romance que em muito nos irá identificar.
Sobre a Escritora
Teresa José Taimo nasceu no Distrito de Chibuto, na Província de Gaza no dia 21 de Fevereiro de 1992. Teresa frequentou a Escola e a catequese em simultâneo como as outras crianças de sua época. Durante a sua infância foi Presidente do Parlamento Infantil a nível da província de Gaza e membro da Comissão Permanente no Parlamento Nacional, pertenceu à vários grupos e movimentos artístico culturais e sociais tendo a destacar Organização dos Continuadores de Moçambique, Organização da Juventude Moçambicana, o programa Geração Biz, à rádio comunitária de Chibuto, o FDC e o grupo do Teatro do Oprimido. Licenciada em Gestão e Estudos Culturais, Teresa é actualmente membro efectivo da FADM, Sócia fundadora da "Iniciativa Teresa Taimo e amigos", Activista Social e Pesquisadora Cultural. Exceptuando várias crónicas que a autora do Regresso do Descontente escreveu e publicou esta é oficialmente a sua primeira viagem literária.
(27 de Agosto, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Amor de Perdição - é um exercício cénico orientado pelo Expedito de Arranjo. Amor de Perdição é uma história que exalta o sofrimento amoroso dos jovens e aponta a morte como solução para os conflitos do coração. Foi escrita em apenas quinze dias, quando o actor, Camilo Castelo Branco, estava preso na cadeia da Relação do Porto. Baseada em um caso verídico a vida de um tio que esteve preso na mesma cadeia da Relação a narrativa explora a força dos sentimentos como a razão de ser da vida.
(24 de Agosto, às 19Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
A Associação Kulungwana acolhe a exposição de fotografia “IDAI“, dos fotógrafos Amilton Neves, Emídio Jozine e Micas Mondlane, na sua Galeria, sita na Estação dos Caminhos-de-ferro, a ser inaugurada no próximo dia 22 de Agosto, pelas 18:00 horas, ali permanecendo até 6 de Setembro. Foi enorme a comoção e a dor dos moçambicanos ao tomarem conhecimento da grandeza do desastre que atingiu a zona centro do nosso país, após a passagem do ciclone IDAI, em Março passado. Quase seis meses depois, as imagens de três jovens fotógrafos moçambicanos Amilton Neves, Emídio Jozine e Micas Mondlane vêem ainda mostrar-nos o horror em toda a sua assustadora dimensão. O Escritor e Jornalista, Calane da Silva, no breve texto de apresentação da exposição, dá o mote para a mesma, ao pretender que estas imagens se “transformem apenas em Luz Solidária, em Esperança que não morre, pois grande é o coração-corpo do Ser Humano que resiste e avança!”
(22 de Agosto, às 18Hrs em Maputo)
É uma peça escrita pelo dramaturgo francês Pierre de Marivaux, também conhecido por Pierre Carlet de Chamblain de Maria, que também foi jornalista e romancista. Marivaux é considerado por alguns como o mestre francês da máscara e da mentira. Principal instrumento da mentira, a linguagem é também máscara por detrás da qual se escondem os personagens. "Ilha dos Escravos” é uma comédia utópica. Quatro sobreviventes de um naufrágio abordam a uma ilha onde as leis em vigor implicam mudanças drásticas de comportamentos. Amos e criados invertem os seus papéis e após fazerem prova de adaptação a uma nova ordem social, podem assim reconquistar a liberdade e retomar a viagem de regresso aos seus lugares de origem.
SINOPSE
Uma comédia impregnada de “moralidade” que surpreende pela sua acutilante actualidade. O autor, entre a ironia e o sarcasmo, parece eleger o amor como a terapia certa para que os homens estabeleçam novas relações entre si e assim dessa maneira, poderem melhorar os seus comportamentos. "Ilha dos Escravos" é uma metáfora que nos revela um lugar utópico como prenúncio de um mundo humanizado, tolerante e solidário, bem diferente daquele que hoje se nos apresenta.
(23 de Agosto, às 20:30Min no Centro Cultural Franco-Moçambicano)