Povo - conjunto de indivíduos que têm a mesma origem, a mesma língua e partilham instituições, tradições, costumes e um passado cultural e histórico comum (infopedia).
Cultura Africana - de forma geral, os africanos são definidos por serem hospitaleiros, alegres, comunitários, solidários e pacíficos - na educação, nas preces, no trabalho e, de forma geral, no quotidiano os africanos executam-no com música, ritmo e dança.x. 2
FACTOS:
Os navegadores europeus do século XV foram os últimos no mundo a aventurarem-se pelos “mares nunca antes navegados, “que outros povos já o faziam, há pelo menos 3500 anos. Os europeus ficaram surpresos com a cordialidade com que foram recebidos nos diferentes portos do Sul do Atlântico, Índico e Pacífico.
Estes indígenas, que tinham como génese a cultura da paz, cooperação económica global ao longo das gerações, procederam cumprindo o protocolo tradicional de boas vindas aos novos visitantes vindos do Hemisfério Norte.
Por sua vez, estes novos viajantes pelo mundo não perceberam (ainda hoje) as regras da hospitalidade. Procederam culturalmente à moda europeia - através das armas, falsidades, intrigas e conspirações contra os hospedeiros.
Revendo a história, os chineses, indianos, judeus, árabes e africanos já viajavam entre oceanos desde há 5000 anos, sem conflitos entre as partes.
Com a chegada dos europeus, estes territórios passaram a um estado de guerra permanente. Muito por culpa do seu desconhecimento pelo resto do mundo (para não dizer ignorância) acerca das culturas e potencialidades na cooperação com o Hemisfério Sul - riquezas que faziam guerras na Europa como pedras preciosas, ouro, prata, cobre, pimenta, açúcar, têxteis, etc., etc., afinal eram tão fáceis de adquirir no resto do mundo.
Quando os europeus chegavam a um porto africano, árabe, indiano, asiático e americano pensavam que tinham “descoberto” esse território. A razão da sua orgulhosa epopeia sobre os descobrimentos.
Os portugueses, espanhóis, italianos, britânicos e franceses foram os últimos povos do mundo a atreverem-se a navegar para além do seu território e limítrofes, porém, os pioneiros entre os europeus.
Quem chegasse primeiro a um “território era sua descoberta, portanto, sua propriedade” e não deixava nenhum outro país entrar. Como o leitor sabe, não existia o mapa mundo como hoje conhecemos, muito menos linhas de fronteiras - o mapa Greco-Romano escrito por John Thomson em 1813 designa de “Desconhecidos” os territórios a Sul do Corno de África (enciclopédia Britânica). Historicamente, os povos eram livres de viajar, emigrar num verdadeiro mundo global.
Aconteceram inúmeras vezes os portugueses aportarem num porto e os espanhóis aportarem noutro próximo e, ainda, os britânicos aportarem num outro também próximo, (tipo Angoche, Ilha de Moçambique e Nacala). Naturalmente, acabavam em guerras.
Isso fez com que os países europeus mais pobres, incapazes militarmente, fossem “corridos” por outro descobridor mais forte dos diferentes territórios que pensavam ter “descoberto”.
Foram esses os mais fracos que tiveram de ir “descobrindo” os territórios ao sul do Sul do Atlântico e ao longo do Índico, sendo um bom exemplo os portugueses e holandeses, entre outros.
A cultura de guerras incessantes entre os “descobridores” enfraquecia-lhes, atrasando a oportunidade de explorarem os recursos disponíveis.
Ao fim de 400 anos, os europeus reuniram-se em Berlim, na Alemanha, para concordarem as linhas de fronteira a que os territórios passariam a pertencer exclusivamente a cada “descobridor”. A reunião ficou registada, a 15 Novembro 1884, na história como a Conferência de Berlim.
A razão principal desta conferência visava acabar com inter-conflitos europeus coloniais de tal forma que os “descobridores”, agora formalmente “aliados colonizadores”, ultrapassassem uma crescente resistência nacional indígena contra a ocupação, exploração e humilhação.
Esses aliados são os mesmos que hoje se designam de “comunidade internacional”, que em 1080 se juntaram numa aliança para a primeira Cruzada - guerra que os europeus católicos, liderados pelo Papa Urbano II, fizeram na Palestina, afim de ocupar Jerusalém contra judeus, cristão ortodoxos e muçulmanos. As cruzadas duraram 300 anos e os europeus Romano-Católicos saíram derrotados.
A urgência da Conferência de Berlim deveu-se ao facto de a Europa atravessar uma das maiores crises da sua história - sanitária, social, económica e humana. A destruição e a fome generalizada agravada pela longa e sangrenta Guerra dos 30 anos entre Católicos e Anglicanos.
Como que castigados divinamente, 30 anos depois da Conferência de Berlim, os Europeus, ou seja, a “comunidade internacional” volta ao seu “velho” normal - inicia a Primeira Guerra (europeia) Mundial - com resultados mais catastróficos para o continente europeu, então o mais pobre do globo.
Aproximadamente 30 anos depois da Primeira Guerra, inicia-se a Segunda Guerra (europeia) Mundial - Com consequências catastróficas num continente que esteve em guerras permanentes nos últimos 10 séculos. Nesta Segunda Guerra (europeia) Mundial, resulta um dos maiores assaltos da humanidade, seguido de um genocídio, o Holocausto - contra comunidade judaica que detinha a proeminência na economia europeia, tendo sabiamente se mantido fora dos conflitos, em particular os religiosos Romano-Católicos versus Anglicanos.
Como forma de os europeus se financiarem para a referida grande guerra, os racistas, xenófobos e nacionalistas alemães e aliados liderados por Hitler roubaram todos os bens e mandaram assassinar, queimando nas câmaras de gás de Auschwitz, 6 milhões de Judeus.
A história serve de referência para não repetirmos os erros do passado. Há muitas “conferências de Berlim” acontecendo no hemisfério norte. Desta vez para definir a distribuição dos recursos naturais, essenciais à sua (europeia) sobrevivência.
Os africanos de forma geral e, em particular, os governantes, devem deixar sua ingenuidade de acreditar na “ajuda da comunidade internacional” e defender os nossos interesses soberanos, de forma sustentável.
Nós temos de trabalhar, trabalhar e trabalhar.
Desconfiemos sempre de “quem cabras vende e ovelhas não tem, de algum lado vem”.
A luta continua!
Ficamos sempre surpresos e até indignados quando alguém diz, repetidamente, em voz alta e bom som, inverdades. É a natureza humana e ainda bem. Nenhum povo é perfeito e nenhuma ideologia política, económica, religiosa também o é. O normal é assumirem-se os erros e corrigi-los.
CARÁCTER define-se como um conjunto de peças inerentes a uma pessoa, grupo ou sociedade que formulam a sua moralidade. Sem julgamento irei constatar alguns factos:
Século III (3)
O imperador Romano Constantino (pagão que também adorava o deus sol) fez um acordo de fusão entre o Império Romano e a Igreja Cristã do Ocidente criando a Igreja Católica Apostólica Romana.
Desta fusão os signatários (Império Romano e a Igreja Cristã do Ocidente) fizeram cedências nomeadamente: O dia de nascimento de Jesus Cristo passou de 17 Outubro para 25 de Dezembro que foi fixado DIA DE NATAL. Este novo dia de Natal viria a substituir a maior festa anual pagã Romana, que celebrava o regresso do deus Mitra (deus sol originário do Império Persa).
Século IV (4)
Inicia-se um movimento com vista a proibir o casamento dos líderes religiosos católicos que culmina com o estabelecimento do CELIBATO, no ano 1123. Até à data da sua fusão com o Império Romano, a Igreja Cristã Ocidental permitia casamentos, incluindo os poligâmicos ̶ vários Papas tiveram, simultaneamente, mais do que uma esposa e várias concubinas ̶ S. Pedro, Félix III, Hornisdas, Adrian II, João XVII, Clement IV, e Honorius IV, entre outros.
A Igreja Católica Apostólica Romana obriga os seus representantes Papas, Bispos, Padres e Freiras a romperem os seus casamentos FORÇANDO DIVÓRCIOS entre inúmeras famílias.
Século XI (11)
O início das CRUZADAS ̶ guerra entre alianças de países ocidentais ordenadas pelo Papa Urbano II para retirar Jerusalém da gestão dos Palestinos Judeus, Cristãos Orientais (Ortodoxos) e Muçulmanos. Estas guerras prolongaram-se, sucessivamente, por 300 anos, sem sucessos para os Romano-Católicos até 1946 ̶ período em que o Império Britânico divide a Palestina em duas partes, criando o Estado de Israel que ocupa a Palestina até hoje, através de terrorismo de Estado.
Século XV (15)
Ficou marcado pela INTOLERÂNCIA RELIGIOSA contra crentes de outras religiões, intelectuais, artistas, cientistas, escritores, destruição de escolas e bibliotecas, pilhagem de bens das vítimas, conversões religiosas forçadas, ORDENADAS PELO VATICANO, que foi apelidada de INQUISIÇÃO.
Ainda no século XV (15) inicia-se um MOVIMENTO DE PROTESTO à irracionalidade Romano-Católica, liderado pelo missionário MARTINHO LUTERO que ficou conhecido por “OS EVANGÉLICOS” e, mais tarde, LUTERANOS.
Ainda no século ‘’’’’’’XV (15) outros movimentos religiosos Romanos-Católicos manifestaram-se contra o radicalismo da Igreja Católica e criam as IGREJAS CALVINISTAS E ANGLICANAS.
SÉCULO XVI (16)
A GUERRA dos 30 ANOS foi uma das MAIS DEVASTADORAS no MUNDO ̶ fez da Europa um CONTINENTE ABSOLUTAMENTE EMPOBRECIDO ̶ causada pela intolerância religiosa entre ROMANOS CATÓLICOS E OS PROTESTANTES. Nela participaram, directamente, que conhecemos hoje: ESPANHA, FRANÇA, ITÁLIA, ALEMANHA, ÁUSTRIA, HUNGRIA, HOLANDA, REPÚBLICA CHECA, SUÉCIA, NORUEGA E DINAMARCA. Toda a Europa esteve envolvida de forma indirecta.
SÉCULO XVII E XVIII (17 e 18)
Seguiram-se inúmeras guerras Espanha-Portugal, Espanha-Holanda, Anglo-Marata, Otomano-Venezianas, Anglo-espanhola, guerra da Orelha de Jenkins, da Quadrupla Aliança, de Luxemburgo, Guerra da Sucessão Austríaca, da Sucessão Polaca.
Guerras das Revoluções:
Francesa, Haitiana, Bateva e Barbantina.
SÉCULO XIX (19)
Conferência de Berlim
̶ formalização da colonização africana.
Guerras Napoleónicas, Guerras das Revoluções: Francesa, Húngara, Alemã e Vormaz. Como Consequência da conferência de Berlim, a França inicia Terrorismo de estado contra Argélia cometendo um GENOCÍDIO assassinando 10 MILHÕES de ARGELINOS.
SÉCULO XX
Primeira Guerra Mundial (europeia), Segunda Guerra Mundial (europeia), Holocausto ̶ ASSASSINATO DE 6 MILHÕES DE JUDEUS CIVIS ̶ um misto de racismo, xenofobismo e nacionalismo esquizofrénico.
SÉCULO XXI
TERRORISMO PROLIFERAVA NA EUROPA: Irlanda – IRA; Espanha – ETA; Itália – BRIGADAS VERMELHAS; Alemanha – BAADER-MEINHOF; Portugal – FP25. Porém, foi de FRANÇA que veio a MÃE dos TERRORISTAS EUROPEUS – JACOBINOS.
Ficam por manifestar os crimes da COLONIZAÇÃO, as inúmeras guerras, golpes de estado, assassinatos de líderes, interferência em fraudes eleitorais, vigarices e roubos aos tesouros, terrorismo para melhor delapidar os recursos naturais Africanos e da América do Sul.
Mais recentemente:
Guerra para destruição da Somália, Congo, Angola, Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia, Iémen, Líbano, Sudão, Zimbabwe, Mali, Cuba, Venezuela, Colômbia e Moçambique .
CIVILIZAÇÃO é a fase de desenvolvimento com respeito à ética e cultura de um povo, nomeadamente no domínio de técnicas, das relações sociais privilegiadas, na tolerância religiosa e diversidade, suas artes, justiça justa, reciprocidade, economia desenvolvida e sustentável.
HÁ AINDA QUEM FALE EM CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES?
Será que os Judeus, Cristãos Ortodoxos, Calvinistas, Luteranos, Anglicanos, Hindus, Budistas, Animistas e Muçulmanos estavam errados e/ou são incivilizados?
A LUTA CONTINUA!
Há 2500 anos Hipócrates disse: “Que o teu alimento seja o teu medicamento”. A OMS define a Saúde como “situação de perfeito bem-estar físico, mental e social”, e doença o inverso, ou seja, “perturbação do bem-estar físico, mental e social”.
“Afinal” é um advérbio usado em conclusão e resume, entre outras, por exemplo, impaciência, indignação, surpresa e até resignação. (1)
Muito se tem dito sobre nós, África, em diferentes momentos, por diferentes “civilizações”, porém, os ex-donos do mundo são os que disseram e dizem pior sobre África e africanos, de forma geral, sobre o Hemisfério Sul.
Não nos surpreende essa atitude porque esses mesmos pretensos civilizados estavam entre os povos atrasados do Globo, na Idade Média, normalmente tratados como bárbaros.
Foram estes bárbaros que protagonizaram as Cruzadas, a Inquisição, a devastadora Guerra dos 30 anos, as Guerras Mundiais, o Holocausto, a Colonização, etc., etc.
COVID-19 é uma pandemia centenária. Veio fazer o ajuste à realidade entre os humanos e a natureza e, neste processo, descobrimos que:
Amade Camal
Legado são valores que se transmitem à sociedade e que passam entre gerações. Entretanto, é comum ouvirmos responsáveis pela área da comunicação dos dirigentes preocupados em impregnar o legado de um determinado dirigente. É também comum ouvirmos os mídias a construírem narrativas ou propaganda das obras de um determinado dirigente, sendo que a História Universal diz que os verdadeiros legados não foram arquitectados, foram, sim, espontaneamente assumidos pelos cidadãos.
Nos legados cabem monarcas, ditos ditadores e ditos democratas e até alguns classificados como terroristas. O que aprendemos das diferentes lições ao fim de seis séculos desde que o conceito foi introduzido através do Latim é que os verdadeiros legados não têm filosofias políticas, nem poder económico, tão pouco, obras e infra-estruturas públicas, muito menos biografias, se não vejamos:
Tsu Zu faleceu a 496 a.c. na China e com os seus ensinamentos filosóficos bem expressos no livro “Arte de Guerra“ é até hoje usado em todas as academias militares desde USA a Rússia e, mais recentemente, adaptada às escolas de gestão - “Para liderar as pessoas, caminhe um passo atrás delas”.
Júlio César faleceu a 44 a.c. e foi o maior general romano e filósofo, responsável pela cultura ocidental - “Não há glória maior que perdoar a quem me atacou e premiar quem me serviu”.
Mahatma Gandi (1869-1948) - um revolucionário e filósofo que dobrou até quebrar a resistência do maior império colonial mundial, na altura, “Britânico” e sem disparar um tiro, através da resistência passiva entre muitos outros ensinamentos hoje transmitidos universalmente - “Felicidade é quando o que alguém pensa, o que diz e o que faz estão em harmonia”.
Mao Tsé Tung (1893-1976) unificou o maior País do mundo em vias de desenvolvimento, lançou as fundações que, passados 50 anos, tornaram a China na maior economia do mundo - “A política é uma guerra sem derramamento de sangue e a guerra é uma política com derramamento de sangue”.
Karl Marx (1918-1883) foi outra figura marcante nos últimos 100 anos, tendo definido uma filosofia político-económica-social, que da esquerda, ao centro até à direita política, todos reclamam o seu legado - “A história de toda a sociedade existente até hoje tem sido história das lutas de classes”.
Albert Einstein (1879-1955) é outra figura marcante e incontornável cujo legado nas ciências e filosofia é universalmente usado e reconhecido até hoje, mesmo com todos os meios tecnológicos disponíveis - "A definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes”.
Kwame Nkrumah (1909-1972) é uma destacada figura no independentismo africano que definiu “O capitalismo selvagem como uma forma moderna da escravatura”.
Julius Nyerere (1922-1999) foi um independentista que apoiou e albergou a maioria dos movimentos de libertação a sul do equador africano - “… Os privilegiados têm a obrigação de devolver para sociedade que se sacrificou na sua formação. Os que não fizerem essa devolução serão como aquele indivíduo de uma aldeia que está faminta e, ainda assim, os aldeões juntam as suas últimas migalhas para emponderar esse indivíduo para que vá à busca de alimento para o socorro de todos. Se esse privilegiado não trouxer essa comida será um traidor".
Samora Machel (1933-1986) foi líder revolucionário, patriota e independentista da Região Austral de África. Foi dele a célebre frase - “… O ganancioso é um criminoso, pode matar por causa da sua ganância, pode aliar-se ao inimigo para ver o seu interesse individual satisfeito, é capaz de vender a pátria, destruir e impedir o progresso do país por causa da sua ganância“.
Nelson Mandela (1918-2013) - líder revolucionário, inspirador universal que derrotou o apartheid e reconciliou a sociedade sul-africana - “Ninguém nasce com ódio do outro pela cor da pele, origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e se elas aprendem a odiar, também podem ser ensinadas a amar”.
O legado destes líderes ficou incrustado nas sucessivas gerações sem que alguém tenha de fazer algum esforço para transmiti-lo. Estes são os verdadeiros legados.
Se alguém que serve os outros fá-lo com o espírito e sentimento de serviço público, de forma desinteressada, missionária e patriótica, é tudo que precisa para que o seu legado seja reconhecido.
A inteligência popular é verdadeiramente a sabedoria. Os oponentes ou adversários ou ainda os “boys“ podem tentar destratar ou retratar uma determinada imagem ou carácter, todavia, esse esforço não passará de uma maquilhagem, cujo efeito ou valor será insustentável.
Senhores dirigentes, esqueçam o legado, o júri desse tribunal é justo e sábio, impossível de moldar.
Moçambique caminha na direcção certa, pelo facto de termos conseguido governar quatro anos (2016-2020) sem ajuda dos “doadores”. Esse marco virou as últimas páginas do livro da dependência dos “doadores”. Associo-me a todos que se têm manifestado a favor do distanciamento da “mão estendida”. Reitero a ideia de que devemos consolidar a visão estratégica de perseguir a riqueza, através do trabalho, trabalho e mais trabalho. Adam Smith diz: “A mão-de-obra é o maior capital reprodutivo - cresce 60 vezes mais, quando aplicado correctamente”.
Para o efeito, devemos reconhecer os novos “libertadores“ e futuros heróis que, através da competência e abnegação, defendem os interesses de forma patriótica, criando desenvolvimento.
A luta continua
Amade Camal
Nota: Saudar a FIDUS, de Malenga Machel, pela iniciativa de mensagens positivas que tem divulgado neste momento difícil, porém, cheio de oportunidades únicas. Esta pandemia veio mudar o mundo. Partimos quase todos (depende de cada um) da mesma linha de partida, independentemente dos recursos que foram ou pareciam relevantes no “antigo normal”.
A Natureza é Justa!
Dissiparam-se as dúvidas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia e, passaram a realidade, criando alguma instabilidade, dada a incerteza de muitos dossiers por esclarecer, que levarão muitos anos. Os Ingleses fecharam os olhos e avançaram. Podia descrever inúmeras teorias desenvolvidas ao longo dos 24 meses de prolongadas discussões internas em UK, e externas, UE, ou vice-versa.
Porém, ficou claro que, independentemente das incertezas, ameaças e riscos do BREXIT pela UE, os ingleses optaram claramente usaram a sua soberania e decidiram o seu futuro. Europa sim, mas sem os burocratas da União Europeia. Em outras palavras, os ingleses sabem que, cedo ou tarde, estarão de volta ao mercado europeu, continuarão a partilhar aspectos de interesse comum como segurança, neo-colonialismo, e muitas outras, conforme dita a história. Os interesses que lhes une, UK e UE, são maiores que os factores de divisão.
Apesar de estarmos num mundo “globalizado”, os benefícios dessa integração global continuam a ser apenas para os que podiam mais. Quando elementos novos no mercado, como a China, Índia, Brasil e outros integram-se e tornam-se competitivos globalmente, ameaçando a hegemonia dos que podiam, acabam-se todas as regras de comércio livre.
A famosa teoria dos mercados livres muito propaladas nas academias e bibliotecas dos USA e UE, as regras da Organização Mundial de Comercio (OMC), que foram criadas pela dupla USA e UE e mais meia dúzia de países como Moçambique para legitimar a tal Comunidade Internacional, estes últimos aliciados por falsas promessas de ajuda ao desenvolvimento, deixa de fazer sentido porque os seus (UE/USA) interesses falam mais alto. Estas são as “regras da hipocrisia”, quando os seus interesses estão em jogo, tudo o resto não conta, como por exemplo o Trumpismo e as relações comerciais com seus parceiros tradicionais, como Canadá, México e China.
No último ciclo governativo, que terminou a 31 de Dezembro de 2019, os chamados doadores em uníssono suspenderam a relação de financiamento em aproximadamente 40% ao Orçamento Geral do Estado (OGE). Qual o impacto que essa suspensão teve na vida das famílias e gestão do país?
Imagine caro leitor, amanhã acordar e perceber que no seu salário foram retirados 40%, as suas poupanças valem menos 50%, e terá que fazer face as mesmas responsabilidades domésticas, familiares, pagamentos de compras a prazo, financiamentos, etc, etc.
Mais grave se torna porque devido ao impacto dessa suspensão ao OGE, a economia nacional retraiu, originando uma desvalorização do Metical a 100% e a taxa de juro bancária comercial aumentou 150%, e, como consequência, as suas responsabilidades financeiras duplicaram, os preços dos produtos alimentares básicos aumentaram entre 50% a 100%, só para citar alguns casos dramáticos como desemprego, perdas de empresas e habitações, divórcios e suicídios, etc.
Como é que o leitor resolveria o seu plano de obrigações e responsabilidades, mantendo-se vivo com a sua família ? O parágrafo anterior não é ficção, nem um excerto de um texto teatral dramático. Foi exactamente o que aconteceu aos 30 Milhões de moçambicanos nos anos de 2015, 2016, 2017, quando os parceiros/doadores/financiadores/especuladores tiraram o tapete a Moçambique, com a desculpa das dívidas ilegais. Os moçambicanos foram duplamente penalizados pelos corruptos das dividas ilegais, entre os quais alguns dos nossos governantes em conta com a justiça, banqueiros suíços e a tal Comunidade Internacional.
Como consequência desse boicote, o Governo de Nyusi, desesperado, procurou soluções como a maior parte dos chefes de famílias moçambicanas o fizeram, reinventando-se.
Surpresa para muitos, incluindo os doadores/boicotadores que esperavam tudo, menos a continuidade da vida dos moçambicanos, perante tamanha adversidade.
Verdade seja dita é que o país continuou timidamente a crescer, os salários foram pagos, o serviço da divida externa gerido, infra-estruturas básicas como escolas, postos de saúde, sistemas de abastecimento de água, bancos nos distritos, transporte público urbano e rural foram cumpridos.
O que é que BREXIT tem haver com MOZEXIT? O paralelismo entre o BREXIT e o MOZEXIT deve-se ao facto de os ingleses assumirem o princípio da sua soberania acima de todas as certezas que a UE lhes proporcionava, mesmo sabendo que os dias que se avizinham serão muito difíceis.
Com MOZEXIT, os moçambicanos poderão finalmente continuar a gerir os seus próprios destinos sem a hipócrita ajuda dos doadores, bem como decidir sobre políticas de desenvolvimento, alianças sem ameaças, acordos bilaterais e ou multilaterais, etc.
Moçambique é membro das instituições de Breton Woods (FMI e BM), com quem devemos manter relações, porém, mesmo aí devemos filtrar o que nos convém.
Moçambique, ao ser expulso em 2015 das saias dos “doadores e ou comunidade internacional” teve que apertar o cinto. Contudo sobreviveu pela primeira vez sem depender dos que dizem que nos dão mas de facto são os mesmos (maioria) que sempre nos tiraram e implementaram contra nós políticas de empobrecimento.
Passamos o teste da maioridade, em que provamos que podemos viver com aquilo que temos e, com o que é nosso, fazendo as opções que acharmos certas, com todos os riscos de cometer erros e aprender desses mesmos erros. Sucesso é um acumular de erros aprendidos!
O MOZEXIT é uma oportunidade única dos moçambicanos se livrarem da má influência desses países, a fim de fazermos o caminho que muitos países africanos cada vez mais fazem e merecem a nossa admiração.
Se Moçambique sobreviveu um ciclo governativo com os seus próprios meios pela primeira vez desde a Independência, o caro leitor deve estar a questionar-se :
Então para onde íam as centenas de milhões de dólares americanos que os doadores diziam que davam?
Há vários estudos e relatórios nacionais e estrangeiros que abordam desapaixonadamente a questão dos “doadores”, afirmando que aproximadamente 66% dos valores declarados para ajuda aos nossos países regressam ao país “doador” pela via de consultorias, salários dos expatriados, auditorias, procurement condicionado e outras, entre elas a corrupção cá e lá. Esta conclusão, confirmada pela escritora africana Moyo, no seu livro “best seller” Dead Aid denuncia esta falsa e hipócrita ajuda.
Faço votos que o governo não recue na pressão que os doadores já começaram a exercer em criar um novo “formato de cooperação”. Aprendamos com eles próprios “doadores” como defender os maiores interesses dos nossos cidadãos, olhando para um horizonte de médio prazo, como fez o Reino Unido com o BREXIT.
Senhor Presidente e senhores Ministros, por favor, tenham coragem e façamos o MOZEXIT.
A luta continua!
Governação é gestão sustentável de recursos, a bem dos cidadãos. Os recursos financeiros do Estado usado pelos governos (centrais e municipais) são, normalmente, provenientes das contribuições fiscais das empresas e cidadãos.
O caso do Yuri Mendes faz-me lembrar que Moçambique tem 66% de jovens. O que equivale dizer que a maioria dos moçambicanos procuram uma oportunidade para trabalhar (auto-emprego, tarefeiro ou empregado). Apesar desta verdade, nada indica que algum governo (central ou municipal) tenha engendrado planos para enquadrar os jovens no desenvolvimento do país.
Pior ainda, estes governos (central ou municipal) desencorajam qualquer iniciativa gerada pela juventude. Normalmente, os governantes escondem a sua incompetência na lei (não está licenciado, não paga impostos, não tem qualidade, não tem sanidade, etc ) devido à sua mentalidade fixa (fixed mindset), tipo: “quem vos autorizou a pensar nessa solução? Nós é que fomos eleitos ou nomeados para fazer isso”.
A outra desculpa dos “dirigentes“, e repetida por investidores, é que os jovens nacionais recém-formados não têm qualidade cognitiva. A minha experiência como gestor, cuja maioria de colaboradores é de primeiro trabalho (emprego), é que estes jovens têm muito potencial. Temos jovens de diferentes origens, províncias, raças, religiões, extractos sociais, escolas nacionais e estrangeiras e posso garantir que o nível de sucesso é de 99%.
Este sucesso faz-me repensar: são as escolas ou o sistema nacional de ensino que não são bons? Ou serão os receptores/empregadores destes jovens que não têm qualidade para garantir o seu enquadramento saudável?
Não importa a qualidade dos ingredientes, se o cozinheiro for incompetente o resultado será medíocre. A luta continua!
Amade Camal
Pedimos desculpas aos nossos utentes pelos inconvenientes .Desde ontem, dia 10 de Dezembro, que os CFM paralisaram os comboios da MetroBus sem informação prévia. Nem sequer o Comando de Operações se dignou a atender o telefone. Naturalmente, usamos o Plano de Contingência para transportar os nossos utentes.
A Empresa CFM, uma das maiores empresas de Moçambique desde o tempo colonial, quer interromper os nossos sonhos de podermos ter uma mobilidade segura, de qualidade de nível internacional, segundo o Banco Mundial. Os CFM querem que voltemos a circular nas estradas (N4) congestionadas, onde se morre todos os dias, justamente porque os comboios de carga de minerais não funcionam e os camiões de minerais têm que usar a estrada N4 causando pânico e luto. A sabotagem ao MetroBus não é exclusiva. Lamentávelmente este é mais um exemplo da razão de sermos empobrecidos, e continuaremos a ser, independentemente do OIL&GAS, ou qualquer outra potencialidade económica.
Alguns dos nossos governantes de empresas públicas, apesar de títulos acadêmicos, salários e benefícios de luxo, não compreendem os factores de desenvolvimento, agindo por impulso, como o caranguejo.
Agora que comemoramos o segundo aniversário da operação da MetroBus, os CFM concretizam o seu objectivo emocional de parar com o MetroBus, após inúmeros incidentes, negações, bloqueios, chantagens nas taxas e rendas, etc.
Os CFM, quando chamada argumentar, vai dizer :
1- A MetroBus deve a taxa de uso da linha: (É verdade que devemos 3 milhões de Mta e temos vindo a pagar; Porém, o Ministério dos Transportes e Comunicações /FTC deve-nos dezenas de milhões de Meticais por serviços prestados e nós não bloqueamos os beneficiários, que por sinal são servidores públicos).
2- Vão dizer, falsamente, que não cumprimos as regras de Safety; (a MetroBus tem os standards internacionais de Safety e recursos humanos nacionais educados, treinados e supervisonados, no cumprimento das regras de Safety; aa quais serão públicadas para V. Excias conhecerem.
3-Não vão dizer, mas qiestionam-se, como pode uma empresa de moçambicanos do ramo rodoviário, com comboios usados, aproveitando recursos humanos passados à reserva pelos CFM e meia dúzia de engenheiros mecânicos da Escola Superior Náutica de Moçambique, produzir um serviço público de mobilidade intermodal de qualidade reconhecida pelos utentes e instituições nacionais e internacionais?
Mais do que nunca, Moçambique precisa de um dirigente nacionalista e inclusivo. Não podemos continuar a desperdiçar tempo e recursos dos cidadãos para alimentar egos.
Apesar da SIR nunca ter ganho um cêntimo com a MetroBus, sabemos que é um serviço de mobilidade que terá a sua sustentabilidade futura. E estamos confiantes que quem de direito saberá tomar as decisões convenientes.
“As derrotas são o caminho para sucesso"
Pedimos desculpas aos nossos utentes por não termos conseguido evitar mais esta sabotagem, entre muitas outras, que ao longo de 24 meses fomos contornando diariamente.
Acreditem que se somos moçambicanos vamos conseguir.
Bem hajam, pelos inúmeros apoios que temos recebidos,
A luta Continua
Amade Camal
Ninguém dá o que não tem!
Fala-se, escreve-se, legisla-se acerca dos fundamentos para Democracia. Órgãos de Soberania, Partidos políticos, Organizações Governamentais, Organizações Não-Governamentais (ONG), os Mídias, os Jornalistas, Organizações Religiosas, Organizações de Massas, Academias, Organizações Profissionais e a Sociedade Civil devem ser o exemplo dessa transparência.
Entende-se por transparência – a virtude que impede a ocultação de alguma vantagem!
Em Democracia todos os Direitos geram Obrigações!
Constitucionalmente, os cidadãos têm o Direito de exigir do Estado entre outros a Segurança pública, a Educação e Saúde condigna. Difícil será definir "condigna". Direi que os desideratos fundamentais condignos serão aqueles possíveis de realizar de acordo com as receitas públicas disponíveis. Em outras palavras, a Governação condigna deverá ser equitativa a receita fiscal maioritariamente resultante de impostos dos cidadãos e das empresas.
É comum ouvirmos dizer que os serviços públicos são medíocres. É verdade, todavia quem reclama esses serviços não está disposto a contribuir fiscalmente com o nível dos impostos pagos nos países comparativos, ou seja, os nossos serviços públicos são "bons" comparativamente com a receita medíocre arrecadada.
Sempre que esta conversa de pagamento de impostos é posta a discussão, ninguém quer discutir incluindo o Estado, estranhamente.
É desta transparência a que me refiro:
1-O Estado tem de ser mais transparente na sua prestação de contas, não pode vir ao Parlamento dizer que cumprimos, atingimos as metas sem apresentar evidências, por exemplo, colocar o Plano Económico Social aprovado no início da legislatura e comparar com o realizado. Prestar contas não é ciência oculta, basta apresentar o saldo do tesouro quando chegamos ao Governo... as receitas arrecadadas foram... as despesas... Se houver vontade política será mais fácil prestar contas, do que as "elaborar" para as confundir.
2-As Organizações Não-Governamentais deveriam prestar contas publicamente, referindo, por exemplo, de quem recebem os fundos, quanto e a quem atribuem esses fundos. Deveriam também ser obrigados a gastar esses fundos na economia nacional, contribuindo para o seu desenvolvimento através de criação de postos de trabalho e contribuição fiscal, entre outros.
3-Seria um grande contributo para a Democracia saber quem são os beneficiários das Agências políticas como USAID, JICA, UE, DFID entre outras, quanto recebem, quanto pagam de impostos, porquê é que recebem, etc.
4-Não é possível falar de Democracia e Transparência sem abordar os Mídias e Jornalistas que, numa indústria deficitária, sobrevivem através de subsídios, para gestão, formação, entre outros. De quem, quanto e como?
5-Nas Organizações religiosas, Institutos, Clubes, Grupos, ou seja, receptores de fundos nacionais e estrangeiros devem publicar igualmente os relatórios de contas.
A Paz tem um denominador comum que se chama Confiança!
Quando os casais põem código nos seus telefones e não partilham esse mesmo código corrói a confiança mútua.
Sem transparência não há confiança!
Os concursos para admissão de trabalhadores públicos, ONG, privados nacionais e estrangeiros deveriam seguir a mesma norma de transparência.
Não faz sentido que as instituições públicas, incluindo empresas públicas, que vivem das contribuições dos trabalhadores e empresas nacionais comprem serviços e mercadorias ao estrangeiro enriquecendo outras economias inversamente empobrecendo Moçambique.
Corrupção é um fenómeno nacional e estrangeiro nos governos, grandes e pequenas empresas, ONG, activistas sociais e religiosos, mídias e nos jornalistas.
A melhor forma de combater a corrupção, subversão, nepotismo, submissão outros malefícios é através da TRANSPARÊNCIA.
A Luta Continua,
O bom senso é um "elemento central da conduta ética, uma capacidade virtuosa de achar o meio-termo e distinguir a acção" – Aristóteles
Noutra definição, diria que “bom senso” é "uma qualidade que reúne as noções da razão e da sabedoria, caracterizando as acções que tomamos de acordo com as regras e costumes adequados para determinado contexto”. Numa época em que muitos de nós descobrimos os nossos direitos, e entusiasticamente usámo-los como sempre com tendências de abusar até que algo drástico aconteça, e começamos a ser mais prudentes. Esquecemos, por exemplo, que todos os direitos têm limites e obrigações.
Os Direitos do Homem vêm plasmados nos Livros Sagrados, com maior detalhe no Quran. Contemporaneamente, os Franceses fizeram a primeira Declaração em 1789. Por outro lado, o poder é uma percepção que os outros têm de alguém, de um grupo, de uma classe profissional e ou de um país. A história diz que sempre que esse poder foi usado de forma abusiva, o mesmo lhe fora reduzido ou retirado.
Os regimes de África, em particular o de Moçambique, têm vindo a beneficiar-nos de novo de Liberdades e Direitos, que os nossos antepassados já tiveram e que o regime colonial lhes condicionou. Para muitos, em particular os mais novos, as nossas monarquias e outros poderes "tradicionais" eram também respeitadores de direitos e liberdades dos seus cidadãos, obviamente no referido contexto.
Enganam-se os que pensam que esse privilégio é uma originalidade do Ocidente. Pelo contrario, os ocidentais, de forma geral, foram os últimos a integrar no seu modelo político-social os Direitos e Liberdades. Porém podemos aprender com a cultura ocidental, por ser aquela que nos está mais disponível, que o ponto de equilíbrio entre Direitos e Obrigações é como o fiel da balança, sempre em movimento a procura do ponto justo. Sendo as sociedades dinâmicas, compreende-se que as mesmas estejam permanentemente em disputa. Convém recordar que os nossos direitos terminam onde começam os direitos de outros.
Inspirou-me partilhar com o caro leitor esta reflexão, porque os nossos políticos e governantes, e de uma forma geral os servidores públicos, usam e abusam da confiança que lhes foi depositada, numa clara violação do contrato social, manifestando falta de qualidades e virtudes, e quando estas aparecem denota-se a ausência de Bom Senso.
Na maioria dos partidos políticos, confissões religiosas (novas), autoridades policiais, magistrados, jornalista, ONGs, ordens profissionais, servidores públicos, associações económicas, entre muitas estas organizações têm um papel decisivo no desenvolvimento das sociedades e, pelo facto, têm um enquadramento legal, com Direitos e Obrigações pelos quais assinam contratos e muitos fazem Juramentos. O abuso dos Direitos e Liberdades fez e fará que os respectivos beneficiários sejam limitados, prejudicando a maioria da classe e a sociedade no geral.
Não devemos permitir que um colega de profissão se exceda no uso dessas liberdades sob risco de a maioria ser penalizada. Lembro-me recentemente da tinta que fez correr a condenação pública, através da imprensa irresponsável e sensacionalista, de gestores de uma instituição financeira, que viriam a ser despronunciados ou ilibados pela Justiça das referidas acusações. Se a imprensa e a comunicação social no geral têm o direito e a liberdade de publicar, os visados têm direito ao seu bom nome e reputação. A forma irresponsável como alguns órgãos de comunicação social prestam um mau serviço de informação ao público, perante o silencio dos demais da classe, fará aquilo que já aconteceu noutros países: penalizar os fazedores da imprensa livre, de forma geral. Esta máxima aplica-se a todas as outras profissões e serviços públicos. Os que exercem o Poder devem utilizar argumentações e atitudes racionais, para poderem fazer julgamentos e escolhas assertivas, de acordo com os usos e costumes da nossa sociedade.
Trabalho, ética, conhecimentos e Bom Senso precisa-se...