Apesar do Chefe de Estado garantir estarmos numa fase decisiva no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, o facto é que os insurgentes não param de espalhar terror e semear luto naquela província do norte do país.
No último sábado, o grupo protagonizou dois ataques nos distritos de Macomia e Quissanga, que resultaram na morte de seis pessoas, sendo duas em Macomia e quatro em Quissanga. Em Macomia, dizem as fontes, uma pessoa foi decapitada na aldeia Rafique e outra morreu carbonizada, após os terroristas incendiarem a viatura em que seguia. Aliás, a vítima carbonizada era motorista e, segundo as fontes, levava material de construção que está a ser usado na reabilitação da ponte sobre o Rio Messalo, em Miangalewa, no distrito de Muidumbe.
Já as quatro vítimas mortais reportadas no distrito de Quissanga, todas por decapitação, foram registadas na aldeia Namaluco, distrito de Quissanga. As fontes revelam que as vítimas faziam parte de um grupo de caçadores e terão sido surpreendidas pelos insurgentes nas proximidades de uma lagoa, no princípio da tarde.
Para além de matar, os insurgentes raptaram algumas mulheres, na aldeia de Machova, em Macomia. Algumas vítimas foram libertas, mas outras continuam nas mãos dos terroristas. As fontes garantem que, após o registo de casos de rapto, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) encetaram uma perseguição ao grupo, tendo capturado quatro terroristas.
Refira-se que os distritos de Macomia, Mueda, Nangade e Quissanga continuam a ser palcos de ataques terroristas. Desde o início dos ataques terroristas, em Outubro de 2017, já foram reportados mais de 3.000 mortos e mais de 850 mil deslocados, na sua maioria dos distritos de Mocímboa da Praia, Palma, Macomia, Muidumbe e Quissanga. (Carta)