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quarta-feira, 12 janeiro 2022 08:56

Moçambique participa hoje em Lilongwe, no Malawi, na cimeira extraordinária da SADC

A cimeira deverá passar em revista os progressos da Missão Militar da SADC e decidir sobre os próximos passos.              

 

Moçambique está representado ao mais alto nível pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, acompanhado pelas Ministras dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, e do Interior, Arsénia Massingue.       

 

A cimeira extraordinária foi antecedida pela Reunião da Troika do Órgão de Cooperação nas áreas de política, defesa e segurança, alargada a Moçambique e países contribuintes com pessoal na Missão Militar da SADC que opera em Cabo Delgado, designada SAMIM. 

 

Na esteira da cimeira, o presidente malawiano Lazarus Chakwera enfatizou a necessidade de se alcançar uma paz duradoura em Cabo Delgado. Chakwera disse que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) continua a explorar formas sustentáveis ​​de alcançar uma paz duradoura na Província de Cabo Delgado, em Moçambique.

 

Escrevendo na sua página do Facebook, Chakwera, que também é presidente da SADC, disse:

 

“a paz e a estabilidade continuam sendo fundamentais na nossa busca como bloco de desenvolvimento regional para alcançar plenamente a cooperação sócio-económica entre todos os estados-membros”.

 

Entretanto, o Presidente Cyril Ramaphosa condenou os actos de terrorismo na região da SADC, descrevendo-os como retrógrados e contra os valores que a região defende. Ramaphosa falava em Lilongwe, na sua qualidade de Presidente do Órgão da Troika da SADC sobre Cooperação em Política, Defesa e Segurança.

 

A reunião da Troika realizada ontem em Lilongwe foi alargada a Moçambique e a países contribuintes com pessoal na Missão da SADC que opera em Cabo Delgado, designada SAMIM.     

 

Os Países Contribuintes de Pessoal da SADC são Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesotho, Malawi, África do Sul, República Unida da Tanzânia e Zâmbia.

 

A Missão militar da SADC em Moçambique (SAMIM) foi destacada para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo e actos de extremismo violento.

 

De acordo com a porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Malawi, Rejoice Shumba, cinco chefes de estado e de governo confirmaram a sua presença na Cimeira Extraordinária da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), que se realiza hoje em Lilongwe para rever os progressos da Missão Militar da SADC em Moçambique.

 

Shumba disse que os chefes de Estado que confirmaram a presença incluem o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de Moçambique, Filipe Nyusi, o presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, da Zâmbia, Hakainde Hichilema, e o presidente em exercício do Botswana, Slumber Tsogwane.

 

“Por causa da pandemia da Covid-19, o número de delegados reduziu de 400 para 200”, disse Shumba.

 

O Presidente Lazarus Chakwera vai presidir a Cimeira Extraordinária na sua qualidade de Presidente em exercício da SADC.

 

A violência em curso na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, tem sido motivo de preocupação para a região da SADC desde o primeiro ataque em 2017 por um grupo militar conhecido localmente como al-Shabab. Actualmente, mais de 2.000 pessoas foram mortas e mais de 500.000 vivem na condição de deslocados.(Carta)

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