Tudo indica que a campanha de vacinação contra a Covid-19 iniciará mais cedo do que o previsto. Esta segunda-feira, a Directora Nacional Adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe, revelou que o processo de aquisição das vacinas continua em curso, sendo que as primeiras doses chegam ao país dentro das próximas semanas, através da plataforma internacional Covax, uma iniciativa conjunta da OMS e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI) para fornecer vacinas contra a covid-19 a países de médio e baixo rendimento.
Sem revelar a quantidade de doses a serem adquiridas e muito menos o nome da vacina, Matsinhe avançou que a mesma é chinesa e que será administrada, em primeiro lugar, aos profissionais de saúde.
“Após esta fase, iremos continuar com as negociações para que, até Maio, cheguem as outras doses em quantidade considerável para vacinar e completar o processo todo”, explicou a fonte, em conferência de imprensa, concedida esta segunda-feira, no âmbito da actualização de dados sobre a evolução da Covid-19, no país.
Lembre-se que, em Dezembro passado, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, avançou a possibilidade de a vacinação iniciar entre Junho e Julho próximos. “A nossa previsão é de que provavelmente tenhamos de começar o processo de vacinação, se a vacina for pré-qualificada atempadamente, entre Junho e Julho [deste ano]”, disse a governante.
Armindo Tiago disse ainda, a partir do pódio da Assembleia da República, que Moçambique terá direito a seis milhões de doses de vacina por ser país participante na plataforma internacional Covax.
Até esta segunda-feira, Moçambique contabilizava um total de 56.160 casos positivos do novo coronavírus, dos quais 517 diagnosticados entre domingo e segunda-feira. De acordo com as autoridades da saúde, até esta segunda-feira, o país tinha registado 599 vítimas mortais e 36.224 recuperados, sendo que, neste momento, há 19.333 casos activos, dos quais 222 estão internados.
Refira-se que Cabo Verde é um dos primeiros países africanos a receber vacinas contra a covid-19, através da plataforma internacional Covax, que contribuirá para a imunização de 35% da população. (Marta Afonso)