Cerca de 50 mil pangolins são abatidos, por ano, para efeitos de comercialização ilegal na região Austral de África. Os dados são avançados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), numa nota de imprensa divulgada na sua página oficial do Facebook, por ocasião do Dia Mundial do Pangolim, comemorado no último sábado, 20 de Fevereiro.

De acordo com a ANAC, citando dados do Programa Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente, entre 2009 e 2019, cerca de um milhão de pangolins foram traficados para o mercado negro asiático.

“O comércio ilegal da fauna bravia é considerado, actualmente, o quarto maior negócio ilegal transnacional, depois do das drogas, armas e do tráfico humano”, escreve a ANAC, sublinhando que o mamífero é responsável pelo controlo de algumas pragas, tais como formigas e térmites, garantindo solos arejados e férteis.

Segundo as autoridades, o pangolim é o mamífero mais traficado no mundo, superando, aliás, o marfim e o corno do rinoceronte. Por exemplo, de 2019 a 2020, o país registou um total de 33 casos de tráfico de pangolim, nas províncias de Sofala, Tete, Manica e Maputo, havendo ainda moçambicanos detidos no Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, devido ao tráfico ilegal do animal.

Refira-se que o tráfico do pangolim e outros produtos da vida selvagem é punido na legislação moçambicana com penas que podem atingir 16 anos de prisão maior e multas diversas para os mandantes, caçadores, traficantes entre outros intervenientes no negócio ilegal. (O.O.)