A vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia, norte da província de Cabo Delgado, continua sendo o ponto predilecto dos terroristas. Foi naquele ponto do país que o grupo iniciou os seus ataques armados a 05 de Outubro de 2017, antes de expandi-los para os distritos de Palma, Macomia, Muidumbe, Quissanga, Ibo, Nangade, Mueda e Meluco.
Também foi na vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia onde o grupo iniciou a sua onda de ataques às vilas-sedes, a 23 de Março último, tendo escalado também as vilas de Quissanga e Macomia. Em todos os ataques, o grupo destruiu um vasto património público e privado, para além de ter tomado o controlo dos Comandos Distritais da PRM (Polícia da República de Moçambique), os palácios dos Administradores Distritais e içado a bandeira do grupo terrorista Estado Islâmico.
Na noite desta quarta-feira, o grupo voltou a escalar a vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia, tendo assassinado duas pessoas e raptado outras cinco, nos bairros de Milamba e Nabubussi. Segundo as fontes, uma das vítimas é do sexo feminino, que terá sido decapitada e a outra vítima terá sido baleada.
À “Carta”, as fontes contaram que o grupo chegou por volta das 19:00 horas, tendo causado um pânico geral, o que resultou em fuga generalizada da população. Não há relatos de resposta por parte das Forças de Defesa e Segurança (FDS).
O ataque desta quarta-feira sucede outro que teve lugar na noite do passado sábado, porém, sem vítimas mortais. As fontes narram que, na referida incursão, o grupo saqueou bens em residências abandonadas, para além de ter posto fogo em algumas palhotas. Quatro raparigas foram raptadas. (Carta)