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As acções tendentes a estancar a progressão dos insurgentes, na província de Cabo Delgado, continuam. Várias especialidades das Forças de Defesa e Segurança (FDS) são movimentadas, diariamente, nos distritos afectados pelos ataques terroristas, desde Outubro de 2017, entretanto, o grupo continua a semear terror e luto na província, onde ocorre um dos maiores projectos de exploração de gás natural no mundo.
Informações que chegaram à “Carta” indicam que, na quinta-feira da semana finda, o grupo escalou, mais uma vez, a aldeia Manica, no Posto Administrativo de Mucojo, no distrito de Macomia, tendo pilhado os bens da população, queimado palhotas e raptado quatro raparigas.
Porém, quando a população pensava que o pior tinha passada, dizem as fontes, o grupo voltou a escalar a aldeia na noite do dia seguinte (sexta-feira), tendo permanecido até ao dia de sábado. Nesta incursão, narram as fontes, o grupo raptou mais sete mulheres, totalizando 11 mulheres raptadas entre quinta-feira e sábado. Aliás, as fontes contam que uma das vítimas foi obrigada a deixar o seu filho recém-nascido.
A situação, confirmam as fontes, voltou a condicionar a circulação dos transportadores semi-colectivos entre o Posto Administrativo de Mucojo e a vila-sede de Macomia, para além de ter causado a deslocação da população da aldeia de Manica até à sede daquele Posto Administrativo.
Entretanto, as fontes revelam que as FDS posicionadas nas sedes do Posto Administrativo de Mucojo e do distrito de Macomia não foram accionadas para dar socorro. (Carta)
