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terça-feira, 16 junho 2020 08:28

Moçambique já está no Top 10 dos países com ritmo acelerado de propagação de Covid-19

Apesar de estar na lista dos países com menor número de casos positivos de Covid-19 por milhão de habitantes, a nível da região, o nosso país continua a subir nas estatísticas sobre os países com ritmo acelerado de propagação de Covid-19.

 

Segundo o Director-Geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Ilesh Jane, o país está entre os 10 países onde a Covid-19 se propaga facilmente, ao precisar apenas de 11 dias para duplicar o número de casos, contrariando a tendência mundial, cuja média é de 36 dias.

 

Falando este domingo, em mais uma conferência de imprensa de actualização de dados sobre a doença, Ilesh Jane explicou que, nestes primeiros 14 dias do mês de Junho, as autoridades da saúde testaram quase a mesma quantidade de pessoas testadas durante todo o mês de Maio, da mesma forma como já foram identificados 329 casos positivos contra 178 indivíduos diagnosticados em todo o mês de Maio, o que indica uma subida significativa do número de casos.

 

Até este domingo, o país já tinha realizado 18.620 testes, dos quais 583 casos deram positivos, pelo que a taxa de positividade é de 3,1%. Entretanto, o Director-Geral do INS esclareceu que as províncias de Cabo Delgado e Nampula apresentam maior taxa de positividade, estando fixada em 5,9% e 10,5%, respectivamente.

 

Na semana finda, as autoridades da saúde notificaram 144 casos positivos de Covid-19, contra os 165 diagnosticados na semana anterior. Para esta semana, já foram identificados 56 casos.

 

Com 179 casos positivos, Nampula possui o maior número de casos activos e segue a província de Cabo Delgado, que também apresenta maior taxa de casos de isolamento e de casos identificados na chamada vigilância activa, nas unidades sanitárias.

 

Quanto às idades, os dados do INS apresentam mais casos nos indivíduos com mais de 20 anos e menos de 44 anos, seguidos por indivíduos com menos de 19 anos de idade. Sublinhar que 50% dos casos são assintomáticos, 42% tem sintomatologia leve e 8% apresenta sintomas moderados. (Marta Afonso)

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