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Actualizado de Segunda a Sexta

sexta-feira, 05 junho 2020 07:37

Moçambique já está entre os 28 países com maior propagação do novo coronavírus

Moçambique continua a destacar-se como um dos países em que o novo coronavírus propaga-se à “velocidade da luz”. Se na última quarta-feira, o Director-Geral Adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, avançou que o país estava na 30ª posição na lista dos países com rápida propagação do vírus, esta quinta-feira, anunciou que o país subiu mais dois degraus, sendo já o 28º país.

 

O facto é que o país registou, em cinco dias, 108 casos de infecção pelo novo coronavírus, mais 32 que os registados na semana finda: foram diagnosticados 76 casos positivos. Segundo Samo Gudo, além da duplicação dos casos, há outros aspectos que, do ponto de vista epidemiológico, devem ser anotados em 24 horas.

 

“Na quarta-feira, mostramos a preocupação que tínhamos em relação ao incremento da taxa de positividade de domingo para quarta-feira, que foi de 2.3 para 2.7 e, nesta quinta-feira, voltamos a subir para 2.9, o que mostra que, infelizmente, a epidemia já começou a tomar uma velocidade, apesar de estarmos ainda na posição 153 em relação ao número de casos”, explicou.

 

Para ilustrar a proporção que o vírus está a ganhar no país, o número dois do INS disse: “no mês de Maio, o país registou 178 casos e, quatro dias depois do arranque do mês de Junho, Moçambique já se encontra com 98 casos. Entretanto, aquilo que durante o mês anterior se levou cerca de 20 dias para alcançar, no mês corrente está sendo alcançado em cinco dias”.

 

A explicação deve-se ao facto de o país ter registado, de quarta para quinta-feira, mais 36 casos de infecção pelo novo coronavírus, de um total de 529 testes realizados. Assim, o país saiu dos 316 para 352 casos de infecção pelo vírus, que já causou mais de 6.5 milhões de infectados em todo o mundo, dos quais cerca de 390 mil perderam a vida.

 

Segundo a Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, os novos casos resultam da vigilância activa nas unidades sanitárias e do rastreio de rotina. Dos novos infectados, 33 são moçambicanos e três são estrageiros.

 

No que se refere à distribuição geográfica, 26 estão na cidade de Nampula (província de Nampula), quatro na cidade de Pemba (Cabo Delgado), três na cidade de Maputo, dois no distrito de Marracuene (província de Maputo) e um no distrito de Changara (província Tete). Todos se encontram em isolamento domiciliar, sendo que 11 são assintomáticos e 25 têm sintomas leves a moderados.

 

Assim, a província de Cabo Delgado conta com 150 casos (73 já recuperados e um morto), Nampula com 87 (um óbito), Cidade de Maputo com 60 (22 recuperados), Maputo província com 24 (18 recuperados), Sofala com 12; Niassa com cinco; Tete com quatro; Inhambane com três (um recuperado); Gaza com três; Zambézia com dois; e Manica com um caso positivo.

 

Contudo, apesar do aumento galopante do número de casos, o país registou mais cinco casos de recuperação, sendo quatro da província de Maputo e um da cidade de Maputo. Todos são moçambicanos. Assim, o país já conta com 114 pessoas recuperadas e dois óbitos, pelo que 234 pessoas ainda convivem com o vírus, uma vez que foi registado óbito de outra pessoa que já tinha sido diagnosticada a doença. (Marta Afonso)

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