Os índices de diabete e hipertensão arterial, em Moçambique, registaram, nos últimos 10 anos, um aumento bastante significativo, exigindo, neste caso, uma abordagem integrada de prevenção e controlo, o que inclui a detenção, rastreio e tratamento a nível dos cuidados primários de saúde.
Segundo o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, que falou na última quinta-feira, em Maputo, na cerimónia de Encerramento do Projecto WDF12-745 “Abordagem Integrada da Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial nos cuidados Primários”, a prevalência da diabetes subiu de 3.8% para 7.4%, enquanto de hipertensão arterial aumentou na ordem dos 5.9%, tendo saído de 34.9% para 39%.
Assim sendo, e a título de exemplo, o titular da pasta da Saúde alertou para o risco de se concentrar apenas nos cuidados médicos dos pacientes padecendo de malária, em detrimento de outras doenças crónicas não transmissíveis.
De acordo com a representante da Organização Mundial da Saúde, Djamila Cabral, o papel do sector da saúde é extremamente importante na prevenção da exposição e factores de risco destas doenças, através do controlo do consumo do tabaco, álcool e promoção da prática de actividades físicas e dietas saudáveis.
“Nada ajudará mais os pacientes com diabetes e hipertensão e as pessoas que estão em risco, do que garantir que todos possam beneficiar de serviços de saúde como diagnóstico precoce e tratamento de qualidade”, acrescentou.
Refira-se que o projecto foi implementado, numa primeira fase, nas províncias de Sofala, Cabo Delgado e Maputo, tendo abrangido 3.6 milhões de pessoas, das quais 903.244 rastreadas, 951.809 em segmento e 1.855.053 em tratamento. O projecto teve duração de três anos. (Marta Afonso)