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BCI
segunda-feira, 02 março 2020 06:41

Moçambique terá toda a informação florestal digitalizada até 2021

Moçambique terá, até ao próximo ano (2021), toda a informação florestal digitalizada, através do Sistema de Informação Florestal (SIF), desenvolvido pelo Governo com o apoio técnico da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e financiado pelo Banco Mundial.

 

A informação foi tornada pública, semana finda, em Maputo, pelo Director Nacional de Florestas, Xavier Sakambuera Sailors, durante a Reunião Técnica de Florestas. Durante a sua intervenção, Xavier Sailors disse que o SIF tem, por objectivo, revolucionar o tratamento de expedientes do sector da floresta, passando-os de processos analógicos para digitais e facilitando o controlo das áreas florestais.

 

O Representante da FAO no evento, Hernani Coelho Da Silva, explicou que a digitalização florestal vai contribuir para uma melhor gestão das florestas, com base fundamental na administração e controlo florestal.

 

“O uso do sistema irá trazer maior agilidade e transparência na gestão administrativa e operacional”, sublinhando que o sucesso da implementação do sistema exige dedicação, capacidade e prontidão de quem o usa.

 

“Vivemos uma realidade, como em muitos outros países, em que a exploração, o uso, a produtividade e o comércio de madeira são problemáticos. Neste sentido, exige-se de todos uma abordagem integrada de gestão das florestas e uma visão holística sobre os seus múltiplos produtos e serviços ambientais, concluiu Hernani Coelho Da Silva.

 

Neste momento, decorre a fase de testes nas províncias de Cabo Delgado e Zambézia e espera-se que, até 2021, o processo de digitalização abranja todo o país.

 

A Reunião Técnica de Florestas contou com a participação de 80 técnicos da Direcção Nacional de Florestas (DINAF), do Gabinete Jurídico do Ministério da Terra e Ambiente, dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia, provenientes das províncias de Gaza, Manica, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado. O encontro teve duração de quatro dias e participantes discutiram também temas relacionados com o licenciamento e fiscalização florestal, uniformização da interpretação e entendimento do quadro legal. (Marta Afonso)

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