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sexta-feira, 28 fevereiro 2020 02:43

União Europeia apoiou Moçambique com 7,5 Milhões de Euros para ajuda em desastres naturais e conflitos

A União Europeia (UE), através do Programa Mundial para Alimentação das Nações Unidas (PMA), contribuiu com 7,5 milhões de euros para apoiar as comunidades com insegurança alimentar nas províncias de Moçambique afectadas pela seca, inundações e a província de Cabo Delgado, neste momento devastada pela violência.

 

Há quase um ano depois de Moçambique ter sido devastado por dois dos ciclones (IDAI e KENNETH) considerados os mais poderosos que já atingiram a África, e com o aumento de ataques perpetrados por grupos armados na zona norte, avaliações estimam que 1,9 milhão de pessoas vivem em insegurança alimentar no país e também o auge da época de escassez.

 

Com a doação da UE, cerca de 550.000 pessoas nas províncias afectadas por desastres como Sofala, Tete, Gaza e Maputo estão a receber assistência alimentar, principalmente em forma de senhas de valor que serão trocadas por alimentos em estabelecimentos indicados. Cerca da metade dos 122.000 beneficiários de assistência alimentar em Cabo Delgado são deslocados internos.

 

Por conta da vulnerabilidade do país a desastres naturais, prevê-se que os eventos climáticos aumentem em frequência e gravidade ao longo do tempo. Com o apoio da UE, o PMA trabalha com instituições nacionais para melhorar a capacidade de preparação e resposta a desastres, inclusive por meio do uso de tecnologias inovadoras e advocacia para promover o uso de abordagens de mercado e baseadas em dinheiro para fornecer assistência humanitária, o que alavancará mercados e economias locais.

 

"Nosso apoio permitirá que famílias que enfrentam dificuldades comprem os alimentos básicos de que mais precisam, a assistência oportuna é crucial para essas comunidades", afirmou o chefe do Gabinete de Ajuda Humanitária da EU para África Oriental e Austral, Peter Burgess.

 

Segundo o Director Interino do PMA em Moçambique, James Lattimer, esta contribuição ajudará a reduzir as lacunas de alimentos em zonas afectadas por desastres no auge da temporada de escassez.

 

“Dadas as extensas perdas de colheitas e os danos aos meios de subsistência, muitas famílias continuarão a necessitar de assistência humanitária de emergência até ao início da colheita principal em Março de 2020”.

 

Entretanto, o PMA apoiará populações com insegurança alimentar por meio de uma combinação de fornecimento directo de alimentos e transferências baseadas em dinheiro para a compra de alimentos de retalhistas. Além de ajudar os deslocados internos, o apoio permitirá prestar assistência a outras pessoas vulneráveis, incluindo famílias chefiadas por uma pessoa, idosos, deficientes, pessoas vivendo com HIV/SIDA e outras pessoas com doenças crónicas e mulheres grávidas e que estejam a amamentar. (Carta)

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