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terça-feira, 30 julho 2019 07:52

Eleições 2019: CPE de Nampula devolve candidatura da AMUSI e deixa pendentes as de MDM e Renamo

A Comissão Provincial de Eleições (CPE) de Nampula recebeu e devolveu, na semana passada, a candidatura do partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI) e deixou pendentes as candidaturas do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e da Renamo, devido a várias irregularidades.

 

 

O partido AMUSI, criado em 2016, e que pela primeira vez mostra interesse em participar nas eleições gerais, depois das autárquicas do ano passado, viu a sua candidatura devolvida devido ao excessivo número de suplentes, contrariando as normas eleitorais.

 

É que, por exemplo, para a cidade da Ilha de Moçambique, o partido colocou o nome de quatro membros como suplentes, mais um em relação aos exigidos por lei (devem ser três). A situação repetiu-se em vários distritos daquela província do norte do país. O partido reconheceu os erros e garante poder ultrapassá-los até às 12 horas desta terça-feira.

 

Por sua vez, as duas formações com assento parlamentar (Renamo e MDM) têm os processos pendentes pelo facto de os nomes de alguns candidatos a membros da Assembleia Provincial constantes nos cartões eleitorais não conferir com os dos seus Bilhetes de Identidade. Outros preencheram, no Boletim de Inscrição, um número de cartão que não confere com o constante naquele documento.

 

De acordo com Albertino Luís, porta-voz da CPE de Nampula, que deu esta informação, nesta segunda-feira, os partidos foram notificados e têm cinco dias, desde a submissão de candidaturas, para regularizar a situação, sob pena de não participarem, caso vençam os prazos previstos para o efeito. Entretanto, clarificou que os erros cometidos pela Renamo e MDM são “menos graves e sanáveis”, razão pela qual as candidaturas encontram-se pendentes.

 

Quem, no entanto, ainda não conhece o destino da sua candidatura, embora seja remota a possibilidade de ser devolvida ou ser pendente, é a Frelimo, cujo processo está a ser avaliado pela CPE da província mais populosa do país.

 

Apesar do expediente ter dado entrada na tarde do dia 22 de Julho (segunda-feira), a CPE de Nampula não forneceu detalhes acerca da situação da candidatura do partido que governa o país desde a independência nacional, alegadamente por estar a avaliar os documentos junto do seu mandatário, assegurando que, em caso de irregularidades, será, à semelhança dos outros três, notificado e chamado para correcção.

 

Refira-se que, até ao momento, apenas quatro formações políticas submeteram as suas candidaturas à CPE de Nampula, com vista a participar nas eleições Provinciais, que decorrem a 15 de Outubro, em simultâneo com as presidenciais e legislativas. (Carta)

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