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sexta-feira, 07 junho 2019 06:45

Moçambique na rota do novo acordo para a natureza e a humanidade

A busca por um futuro mais resiliente, em Moçambique, motivou o Fundo Mundial para a Natureza, em inglês, “World Wide Fund for Nature” (WWF), a ingressar num movimento global que visa reverter a situação actual que os países enfrentam.

 

Anabela Rodrigues, Directora Nacional da WWF, disse que o consumo humano de recursos está a aumentar. Face a isto, é importante que os governos e as pessoas reflictam sobre o futuro que queremos, ou seja, é preciso encontrar-se formas de equilibrar a convivência entres os seres humanos e a natureza.

 

Segundo Rodrigues, é importante que as pessoas ou as grandes corporações compreendam e reconheçam que a natureza deve fazer parte do desenvolvimento económico e não o contrário. Acrescentou que os projectos que estão a ser desenvolvidos pelas petroquímicas, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado, devem ser concebidos, pensando no futuro da natureza e dos seres humanos.

 

Um outro ponto levantado é que se estima que, no futuro, vivam naquele ponto do país mais de 200 mil pessoas, que devem ter as condições básicas criadas. Este facto levou a Universidade de Colômbia, de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), a desenhar um projecto sobre a resiliência da futura cidade de Palma. Uma parte do estudo foi apresentada, esta quinta-feira (6 de Junho), num workshop, em Maputo, pelo docente americano Thadeus Pawloski.

 

Pawloski entende que as construções das multinacionais e da fábrica de liquefacção de gás natural, na Península de Afungi, constituem uma ameaça para o futuro da cidade de Palma, pelo que, se espera que o projecto em questão responda a estes riscos.

 

Entretanto, a Directora da WWF defende que, em Moçambique, há bons sinais sobre a conservação do meio ambiente, ou seja, emergiram vários actores que lutam para o bem da natureza.

 

No entanto, continua a fonte, persistem desafios como a pesca ilegal, o desmatamento das florestas, o abate de certas espécies, o desaparecimento dos mangais e, como consequência, temos as mudanças climáticas que, recentemente, destruíram vários currais nas zonas afectadas.

 

Para a dirigente da WWF, é preponderante que, até 2030, se reverta e se restaure a perda da natureza e que tudo seja equilibrado, ou seja, o uso dos recursos naturais deve estar em 50 por cento cada.

 

Contudo, a WWF avançou que irá promover eventos do género em todas as capitais provinciais, no intuito de consciencializar as pessoas sobre a conservação da biodiversidade e que, após a implementação da nova cidade de Palma, o mesmo será implementado no distrito de Angoche, província de Nampula e no Delta do Zambeze. (Omardine Omar)

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