O Fundo Monetário Internacional (FMI) comprometeu-se ontem a prestar assistência financeira aos programas e projectos do novo governo moçambicano, em constituição, saído das VII eleições gerais que tiveram lugar a 09 de Outubro último.
O compromisso foi assumido pelo representante do FMI em Moçambique, Pablo Murphy, que falava em Maputo, num breve contacto estabelecido com a imprensa, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, Daniel Chapo.
O apoio do FMI surge no âmbito do programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF) um acordo trienal que visa apoiar a recuperação económica do país, reduzir a dívida pública e as vulnerabilidades de financiamento, bem como promover um crescimento mais acelerado e inclusivo através de reformas estruturais.
“Estamos vindo à Moçambique para saber, no contexto do programa ECF, que o Fundo Monetário Internacional tem Moçambique. Há um novo governo em funções, por isso viemos aqui para aprender sobre as prioridades do governo e para dar a nossa contribuição para apoiar a estabilidade macroeconómica”, disse Murphy.
“Estamos convencidos de que Moçambique tem um enorme potencial, por isso queremos trabalhar em estreita colaboração com o governo para enfrentar alguns dos desafios que o governo enfrenta”, acrescentou.
Em Julho último, o FMI concluiu a quarta (última) avaliação do acordo celebrado com o governo, âmbito do ECF, e proporcionou ao país o acesso directo a 60,7 milhões de dólares. Murphy disse ser importante atacar as prioridades do Executivo, que incluem gerar crescimento económico, criar emprego, e acredita ser a forma mais eficaz de combater a pobreza.
“Há uma agenda muito ambiciosa que o novo governo tem e queremos ver como podemos contribuir e fornecer apoio ao governo em todos esses desafios importantes que ele enfrenta”, afirmou.
Em Moçambique, em estreita colaboração com o governo, o FMI, segundo o representante, tem um papel a desempenhar para contribuir no fortalecimento das instituições, da economia e, sobretudo na assistência às reformas.
O último relatório do FMI, aprovado em Julho, concluiu que o desempenho do programa em Moçambique tem sido misto, sendo que três dos quatro indicadores de referência estrutural foram cumpridos até ao final de Junho de 2024, e dois dos quatro critérios quantitativos foram observados. Chapo venceu as VII eleições presidenciais, tornando-se o 5º Presidente da República na história do país. (AIM)