A invasão e ocupação de terrenos privados na cidade de Nampula, por pessoas que se intitulam "o povo" e membros do partido PODEMOS, tende a aumentar naquela região do país. Actualmente, já somam doze os bairros onde várias parcelas estão a ser ocupadas de forma ilegal.
Segundo a edilidade, a usurpação de terrenos particulares, que inicialmente foi reportada em Namicopo, Mutava Rex e Natikir, agora ocorre também nos bairros Napipine, Muatauanha, Murrapaniua, Marrere, Namutequeliua, Muatala, Carrupeia e nas zonas de expansão de Muahala e Muahivire.
O Conselho Municipal da cidade de Nampula, que condena o fenómeno, emitiu um comunicado na tarde de sexta-feira (10), no qual alerta os ocupantes para abandonarem a prática de ocupar e comprar terras sem a observância do Código de Postura Municipal e da Lei de Terras.
No mesmo no documento, assinado pelo presidente do Conselho Municipal de Nampula, Luís Giquira, com o conhecimento de várias entidades do governo, incluindo órgãos de administração de justiça, o edil lança um aviso aos infractores de que, caso insistam, estarão sujeitos a processos administrativos, civis ou até criminais, além da remoção imediata das construções e seus ocupantes.
"Gostaríamos igualmente de relembrar que a persistência na invasão, parcelamento irregular e/ou venda ilegal de terras no município de Nampula está sujeita a processos administrativos, civis, criminais e à desocupação forçada, com a remoção imediata das construções e dos ocupantes", avisa o Conselho Municipal de Nampula, ao mesmo tempo em que pede a denúncia de tais casos.
Apesar do comunicado, os invasores continuaram a frequentar os locais onde consideram "seus terrenos", numa clara situação de desafios aos donos e sobretudo ao Conselho Municipal, que no seu comunicado não apontou os proprietários dos terrenos ilegalmente ocupados.
Por exemplo, neste domingo (12) alguns “invasores” do terreno dos padres católicos na zona missionária de Mutava Rex, continuavam a realizar actividades de limpeza e demarcação das áreas. (Carta)