Uma informação difundida na tarde de ontem, 24, na rede social Facebook pelo Prof. Adriano Nuvunga, relatando que o Hospital de Mavalane estava a ser consumido por chamas, gerou alarme social nesta terça-feira. Como já é habitual, um “post” do académico e activista político “viralizar” em questão de segundos, o que se afigurava ser mais um breaking news do também proeminente defensor dos direitos humanos não passou de fake news, entretanto, sem intenção danosa. À “Carta”, a directora clínica do hospital, Maria Helena, desmentiu os rumores, afirmando que o estabelecimento de saúde não foi afectado por nenhum incêndio.
O Director do Gabinete de Comunicação do Ministério da Saúde (MISAU), Nelson Matsimbe, confirmou à nossa equipe de reportagem, na noite de ontem, a integridade do Hospital de Mavalane. Esclareceu que o fogo atingiu, na verdade, o Centro de Abastecimento de Equipamento Hospitalar e Meios Circulantes, localizado nas instalações da avenida das FPLM. Além disso, Matsimbe levantou a possibilidade de os manifestantes terem saqueado o local antes de atearem fogo.
A informação sobre o suposto incêndio no hospital foi também divulgada pela jornalista Ana Maria Albino, no mesmo Facebook, mas tudo indica que o alerta inicial partiu de uma ligação recebida pela equipe do Prof. Nuvunga no Centro de Democracia e Direitos Humanos (CDD) de Moçambique. Segundo o CDD, uma pessoa afirmou estar no hospital e presenciava o incêndio, alegando ter sido impedida de filmar o incidente. Sem meios para verificar os factos no local, o alerta foi publicado de forma preventiva como sempre têm feito.
As autoridades estão a investigar o ocorrido, buscando esclarecer as causas do incêndio, algo também prontamente divulgado pela página do Facebook do líder do CDD, no Centro de Abastecimento de Equipamento Hospitalar e Meios Circulantes. E tendo em vista assacar responsabilidades criminais, porquanto foi fogo posto, no âmbito da “Fase Turbo V8” de manifestações violentas pós-eleitorais instigadas por transmissões em directo, de parte incerta, pelo segundo candidato presidencial mais votado no sufrágio universal de 09 de Outubro passado. (Carta)