O Ministro do Interior, Pascoal Ronda, quer um Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) proactivo no domínio da gestão de riscos e desastres com vista a fazer face aos desastres naturais decorrentes das mudanças climáticas e eventos extremos que, nos últimos anos, têm assolado Moçambique.
Referiu que eventos atmosféricos extremos, responsáveis por desastres naturais em Moçambique, ocorrem com uma maior frequência e intensidade no país.
“Este facto alerta-nos para que sejamos mais proactivos no domínio da gestão de riscos de desastres, colocando as acções preventivas sempre em primeiro lugar”, disse Ronda, durante o encerramento do 27º curso básico de bombeiros, ontem (16), em Maputo.
Sublinhou que para que as acções de prevenção tenham sucesso é necessário um minucioso mapeamento das vulnerabilidades e ameaças a que estamos expostos para que possamos construir um país resiliente a desastres.
Ronda desafiou os graduados a prepararem-se para responder aos eventuais incêndios que poderão advir da exploração de recursos naturais, como o gás que é altamente inflamável.
“A exploração de recursos representa um grande contributo para a economia nacional e para o desenvolvimento do país, mas também representa um grande desafio para o Estado e em particular para o Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) no domínio da protecção contra incêndios e outros riscos”, disse.
Alertou aos graduados sobre a necessidade de se manterem permanentemente informados e actualizados sobre as transformações que ocorrem no país e os desafios que daí advêm, bem como o aperfeiçoamento contínuo e permanente dos conhecimentos, habilidades e atitudes face aos diversos riscos de desastres a que o nosso país está exposto.
“Como profissionais de salvação pública, deveis estar atentos às constantes mudanças que o mundo de hoje nos impõe para que possam desempenhar com zelo e conhecimento de causa o vosso ofício”, exortou.
Recomendou ainda a direcção do SENSAP para enquadrar os novos graduados nas actividades preventivas e interventivas, orientando-os na interpretação dos diversos planos preventivos e operativos.
Já o comandante nacional do SENSAP, Abdul Issufo, afirmou que os recém-graduados cuja formação encerrou ontem (16) serão objecto de uma integração, monitoria e avaliação permanentes a diversos níveis com vista a alcançar os melhores resultados possíveis.
Explicou que, dos 48 formandos, 43 são funcionários do SENSAP das carreiras de regime geral, que solicitaram a integração, para efeitos de conversão de carreira e cinco são funcionários das carreiras policiais afectos no SENSAP que ainda não tinham o curso básico de bombeiros para o exercício de actividade de salvação pública.
Por sua vez, os formandos disseram que a formação foi muito útil porque transformou-os em homens e mulheres capazes de cumprir e fazer cumprir as leis do SENSAP, garantindo a prevenção de riscos, combate a incêndios, socorro e salvamento de bens e pessoas em casos de acidentes e calamidades, mantendo os danos no mínimo possível, contribuindo assim para a promoção do bem-estar social da população. (AIM)