Mais de 4 mil estudantes continuam sem certificados em todo o país, devido às reformas que estão a ser implementadas no ensino técnico-profissional. Segundo a directora de Gestão Escolar na Secretaria do Ensino Técnico-Profissional, Célia Zandamela, a demora deve-se ao facto de várias instituições do ensino não estarem ainda familiarizadas com as reformas e outras não estarem em condições de reunir toda a documentação exigida.
“Queremos reconhecer que ainda enfrentamos desafios na implementação plena destas reformas, mas a implementação destas reformas exige que as instituições não tenham problemas de internet, energia, entre outros aspectos”, explicou.
A directora de Gestão Escolar na Secretaria do Ensino Técnico-Profissional esclareceu que, desde o ano passado, dos 14.552 casos pendentes, referentes a alunos que não recebiam certificados desde 2015, já foi possível emitir cerca de 10.815 certificados. Ao mesmo tempo foram esclarecidos casos de formandos com módulos em atraso, restando neste momento pouco mais de 4 mil.
“Esta morosidade na entrega dos certificados dos estudantes do ensino técnico-profissional muitas vezes é culpa da desorganização dos institutos que não conseguem produzir e registar as evidências de cada formando na plataforma electrónica de gestão de informação académica”, garantiu.
“Estes registos devem ser feitos como forma de garantir a qualidade destes estudantes. Nós queremos evidências de que os formandos sabem fazer e nem todas as instituições de ensino conseguem fazer. Não podemos correr sem ter a certeza da qualidade”, explicou.
Zandamela falava em Inhambane durante a cerimónia de entrega de mais de 900 certificados a estudantes de diversos cursos do ensino técnico-profissional. (M.A)