O sector da saúde deve reforçar estratégias de atracção, retenção e motivação de dadores de sangue, constatou um estudo apresentado pelo Investigador do Instituto Nacional de Saúde, Nédio Mabunda. A pesquisa, realizada no país, foi apresentada durante a mesa-redonda intitulada “Hemoterapia em Moçambique: ganhos, desafios e perspectivas”.
O estudo constatou uma predominância de dadores de reposição, ou seja, indivíduos que doam sangue para substituir o sangue usado por seu familiar (cerca de 70 por cento), em detrimento de dadores de sangue voluntários.
Segundo Nédio Mabunda, a elevada seroprevalência de patógenos testados no sangue doado é um factor de risco para a segurança transfusional, sendo que é importante apostar em dadores de sangue voluntários.
A Directora-Geral do Serviço Nacional de Sangue, Sara Salimo, que também participou do debate, apontou vários desafios na área de transfusão de sangue em Moçambique, tais como a falta de recursos humanos, necessidade de uso de teste de diagnóstico com melhor desempenho técnico e maior atracção de financiamento para a área. (M.A)