Uma adolescente de nome Akima da Sónia Horácio Huo, de 19 anos de idade, foi encontrada morta numa vala e com sinais de violação sexual e agressão física, na estrada circular de Maputo, bem próximo à Vila Pitanga, em Marracuene, na província de Maputo.
O cadáver apresentava vários golpes, inclusive com um dos braços quebrados, o que leva a presumir que a vítima tenha tentado lutar com os agressores, que a violentaram sexualmente e, depois, assassinaram-na para evitar que fossem denunciados.
No local onde o corpo foi abandonado havia vários preservativos espalhados. Alguns moradores que residem próximo do local onde foi encontrado o corpo contaram à “Carta” que, por volta das 03h00 de madrugada deste domingo (05 de Maio), ouviram a voz da adolescente a correr enquanto gritava por socorro (chamava pela sua mãe), mas quando saíram não conseguiram perceber donde vinha a voz porque a menina já havia desaparecido.
“Na altura em que saímos para perceber de onde vinha a voz que pedia socorro, não conseguimos ver nenhum rasto, provavelmente, porque os bandidos tinham puxado a menina para uma mata que há por aqui e amordaçaram-na para que não continuasse a gritar. Ela foi encontrada com um pano na boca”, explicou um dos moradores.
No local da ocorrência, o chão estava completamente “maltratado”, o que sugere que ela tentou resistir, mas acabou sendo dominada, violada e morta. Posteriormente, o cadáver foi deixado de barriga para baixo.
Entretanto, logo pela manhã, a mãe da adolescente que não sabia que a sua filha não tinha dormido em casa, ao se aperceber do seu desaparecimento, solicitou uma vizinha e começaram a procurar pelo bairro. Em poucas horas, ficaram a saber que uma menina tinha sido encontrada morta e a mãe não queria aceitar que se tratava da sua filha.
Aos prantos e gritos, Sónia Horácio Huo, mãe da falecida, preferia acreditar que a sua filha ia voltar e dar-lhe um abraço. Mas por volta das 12h00, depois do pai da adolescente se ter dirigido ao Hospital de Marracuene, veio a confirmação de que se tratava da Akima. A adolescente perdeu a vida depois da sua mãe ter repetido diversas vezes que ela não devia sair sozinha no período nocturno, porque um dia o pior podia acontecer. A profecia da sua mãe cumpriu-se.
Akima tinha 19 anos de idade, era a primeira filha de Sónia Huo e Carlos Alfredo Manjate, nascida na província de Inhambane, onde vivia com os avós maternos. Em 2022 veio residir em Maputo com os seus pais e frequentava a 11ª classe na Escola Secundária Gwaza Muthini.
Neste momento, o corpo da vítima encontra-se na morgue do Hospital Central de Maputo, para a realização da autópsia para se apurar as causas da morte. (M.A.)