A Associação Médica de Moçambique (AMM) decidiu interpelar vários parceiros de cooperação do Sector da Saúde, com o objectivo de persuadir o Governo para satisfazer as reivindicações apresentadas pelos médicos o mais breve possível.
A interpelação foi feita através de cartas dirigidas às Embaixadas dos Estados Unidos da América, do Canadá, da Itália, da Espanha e da Irlanda. Os médicos também endereçaram a missiva à Organização Mundial da Saúde (OMS), à União Europeia (UE) e à União Africana (UA) por via da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (CADHP).
A associação avança que recorreu aos parceiros internacionais devido à atitude do Governo que se traduz numa clara ignorância aos acordos alcançados na mesa das negociações, bem como na ameaça e/ou intimidação aos médicos em greve.
No documento, a classe discorda da posição do Governo que pretende rever o Regulamento do Estatuto do Médico na Administração Pública com vista a retirar os direitos adquiridos, sem fundamento para o efeito.
Para a classe, o Governo está a contrariar o princípio da promoção dos direitos dos agentes da função pública e a obrigação da Administração Pública de respeitar os direitos humanos e a legalidade. (Carta)