As escolas de condução e os seus instruendos estão a passar por um caos para a realização de exame teórico, devido à inoperância do sistema usado no INATRO para a colecta de dados biométricos.
A notificação para a realização dos exames teóricos no Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO) chega a levar mais de seis meses, o que gera revolta nos formandos que, por conta disso, não podem aceder às aulas práticas e, consequentemente, levam uma eternidade para ter a carta de condução.
Segundo apurou a “Carta” junto de alguns instruendos de algumas escolas da cidade e província de Maputo, existem casos dos que estão à espera de serem chamados para a captação de dados, mas há também um outro grupo que fez a captação no ano passado e até hoje não foi chamado para realizar a prova teórica.
“Não sei o que está por detrás desta demora para fazermos o exame teórico. Quando contactamos a nossa escola, limita-se apenas a nos mandar aguardar. Noutras ocasiões, a escola lança a culpa do atraso ao INATRO”, explicou Edson da Graça Moiane.
“Eu fiz a captação em Dezembro de 2022 e, quando fui deixar o documento na minha escola, disseram-me que devia ficar atenta porque poderia ser chamada no mesmo mês, mas estou a ver o ano 2023 a ir embora e até hoje não fui fazer o exame teórico. Outros colegas dizem que a nossa escola é que tem problemas, até já ouvi outros colegas dizendo que temos de dar algum valor ao pessoal do INATRO para acelerar o processo”, disse Maida Lourenço Guilamba.
Entretanto, as escolas de condução da cidade de Maputo apontam a inoperância do sistema informático usado no INATRO como estando na origem do problema. Lembre-se que, em Novembro do ano passado, o vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, garantiu que o sistema do INATRO estaria estabilizado em 60 dias, mas até hoje a situação prevalece. (Marta Afonso)