A melhoria do clima de segurança nos últimos dias permitiu o regresso dos funcionários deslocados aos seus postos de trabalho nos distritos de Palma, Quissanga, Muidumbe, Meluco, Mocímboa da Praia, Nangade e Macomia, para garantir a prestação dos serviços básicos.
Sem revelar o número total, o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, disse que, por exemplo, no distrito de Quissanga, onde em 2020 os terroristas tinham içado uma bandeira do Estado Islâmico, muitos serviços estão garantidos.
“No distrito de Quissanga, 70 por cento da população retornou e noutros distritos estamos na fasquia de 70 a 80 por cento do retorno dos funcionários, o que significa que retomamos os serviços públicos em vários distritos”, explicou Impissa, na última sexta-feira, em Pemba, depois de visitar a província de Cabo Delgado.
Na semana passada, o Director Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em Cabo Delgado, Ivaldo Quincardete, anunciou que 203 professores já regressaram a Quissanga, 205 em Palma e mais de 400 no distrito de Mocímboa da Praia, permitindo a reabertura de 61 escolas encerradas devido ao terrorismo.
Refira-se que o sector da educação foi um dos mais afectados, o que levou ao encerramento de 104 escolas, afectando 382 salas de aula, 54 blocos administrativos, cinco edifícios dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia e 23 residências dos professores. A província de Cabo Delgado tem pouco mais de 24 mil funcionários e agentes do Estado. (Carta)