A Comunidade Mahometana de Maputo, presidida pelo advogado Salim Omar, emitiu neste domingo um comunicado no qual condena veementemente a queima do Alcorão, o livro sagrado e código de vida de milhões muçulmanos em todo o mundo.
Na quarta-feira da semana passada, quando muitos muçulmanos celebravam o Eid al-Adha, um homem em Estocolmo, Suécia, rasgou e queimou uma cópia do Alcorão, do lado de fora de uma mesquita, gerando uma condenação generalizada, inclusive dos governos da Turquia e da Arábia Saudita.
No domingo, a Organização de Cooperação Islâmica (OIC), um grupo de 57 Estados, disse que são necessárias medidas coletivas e que o direito internacional deve ser usado para impedir o ódio religioso.
Em Moçambique, a Comunidade Mahometana destacou a passividades das autoridades suecas sobre o princípio da liberdade de expressão e do pensamento.
“Este acto praticado no solo sueco é condenado por ser um total desrespeito, demonstrando intolerância contra a liberdade religiosa, os valores da paz e de harmonia social”, le-se no comunicado associativo.
E acrescenta, “neste momento em que a Suécia se mantém calada e refugiada na liberdade de expressão, a Comunidade Mahometana de Maputo junta-se a milhares de vozes que, em todo o mundo, condenam esta atitude”. (Carta)