Funcionários do Conselho Municipal da cidade de Maputo continuam em greve, reivindicando o pagamento dos salários com base na Tabela Salarial Única (TSU). Ontem, os funcionários de diversos sectores do município concentraram-se uma vez mais em frente ao edifício sede para reivindicar a melhoria das condições salariais.
Entretanto, o grupo queixa-se de ameaças e intimidação, para além do Conselho Municipal estar já a marcar faltas aos trabalhadores que aderiram à greve. Reagindo à paralisação, o Vereador Silva Magaia disse à imprensa que alguns dos grevistas serão afastados.
“Os manifestantes são funcionários do quadro e outros são contratados para desempenharem determinadas tarefas, portanto, têm contratos de prazo definido. Vamos reduzir o número porque quando constatamos que uma parte dos funcionários do município não estava nos seus postos de trabalho, orientamos os nossos gestores para que procedessem conforme está estabelecido e temos de registar isso e tomar as necessárias medidas administrativas”, explicou.
Referiu que aparentemente esta mensagem de despedimento foi posta a circular e aqueles que perceberam que estavam a incorrer em erro retomaram as suas actividades.
Magaia justificou que o Município adoptou esta medida porque foi apanhado de surpresa pelos grevistas e, segundo as suas palavras, o problema da Tabela Salarial Única (TSU) tem sido objecto de discussão entre o Conselho Municipal e os seus funcionários desde finais do ano passado. Referiu ainda que o que precipitou este desconforto foi quando os trabalhadores souberam que outras entidades do Estado já estavam a aplicar a TSU, o que ainda não acontece no Município de Maputo, pese embora os funcionários tenham sido informados sobre as razões de não estarem a receber com base na Tabela Salarial Única. (Marta Afonso)