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terça-feira, 13 junho 2023 06:10

No relatório de 2022: MSF aponta haver situações de traumas nas famílias vítimas de terrorismo que regressaram às origens

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A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras considera que a população vítima dos ataques terroristas está longe de sanar traumas e perdas durante o conflito que dura desde 2017, uma situação agravada pelo prolongamento das incursões, levando à pouca ou nenhuma perspectiva de um futuro estável. A observação consta no relatório anual das actividades da MSF, referente ao ano 2022, publicado recentemente por aquela organização humanitária, no qual aponta que as famílias ainda sofrem de profundas consequências para a saúde mental, stress agudo e ansiedade.

 

A MSF renova o seu compromisso de continuar a dar assistência às famílias vítimas do terrorismo em Cabo Delgado e refere que em 2022 realizou 112 mil consultas de atendimentos primários no distrito de Macomia, tendo 600 pacientes sido encaminhados para atendimento especializado.

 

Ainda no mesmo distrito funcionam três clínicas durante 24 horas por semana em Nanga, Muagamula e Xinavane, e 36 mil pacientes receberam tratamento de malária e 10 mil mulheres foram submetidas a cuidados de saúde sexual e reprodutiva.

 

Já no distrito de Palma, que também no ano passado registou um regresso significativo de famílias deslocadas devido à melhoria da segurança, a MSF realizou 33 mil atendimentos primários, incluindo 8.500 pessoas com malária, para além de 4.500 mulheres que beneficiaram de assistência médica.

 

No distrito de Mocímboa da Praia, com foco nas comunidades de Quelimane e Diaca, a organização MSF distribuiu 14.700 kits de itens de primeira necessidade e outros 1000 para prevenção de doenças hídricas. No total, foram feitas 22 mil consultas médicas e, destas, 5 mil de pacientes com malária. (Carta)

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