O norte de Moçambique enfrenta uma situação humanitária crítica, com pelo menos dois milhões de pessoas em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, necessitando de assistência e protecção para salvar vidas e mantê-las vivas. Essas necessidades surgem do impacto do conflito armado, da violência e da insegurança na área. O número de pessoas necessitadas aumentou 25 por cento em relação a 2022.
Segundo refere a ACAPS, organização não-governamental que fornece análises humanitárias internacionais e independentes, mais da metade das pessoas necessitadas no Norte de Moçambique são crianças e mais de 60 por cento dos adultos afectados são mulheres. Quase 1,7 milhão de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda por causa da violência e do deslocamento.
A mesma organização refere que os necessitados requerem protecção, alimentação, serviços de saúde, educação e abrigo, entre outros serviços. Fundada em 2009, sem fins lucrativos, a ACAPS tem como objectivo realizar análises humanitárias inovadoras e independentes para ajudar trabalhadores humanitários, influenciadores, arrecadadores de fundos e doadores a tomar decisões mais bem informadas. O projecto é supervisionado por um consórcio de três ONGs: Conselho Norueguês para Refugiados (NRC), Save the Children e Mercy Corps. (ACAPS)