O primeiro naufrágio ocorreu no domingo, numa região a cerca de 30 quilómetros da cidade de Angoche, em Nampula, onde uma embarcação afundou, deixando pelo menos oito mortos, na sua maioria crianças. Outras pessoas são dadas como desaparecidas. A embarcação embateu num tronco depois da paragem do motor.
Alexandre Selemane, da Administração Marítima em Angoche, disse que os marinheiros se puseram em fuga, não se sabendo ao certo o número de pessoas que viajam na embarcação registada com o nome de Ahalissana-2 com capacidade para 44 passageiros e para metade com mau tempo. O barco fazia a trajectória aldeia Mithuco à sede da vila de Angoche.
Entretanto, o segundo naufrágio ocorreu na última segunda-feira, no rio Chire, próximo da vila de Morrumbala, na província da Zambézia. Segundo o administrador local, João Nhambessa, uma pessoa perdeu a vida, 21 foram resgatadas com vida e 11 continuam desaparecidas, entretanto, as buscas ainda continuam.
Dentre as vítimas desaparecidas incluem-se cidadãos de nacionalidade malawiana, mas o administrador não revelou o número exacto de moçambicanos que viajavam na mesma embarcação. O Rio Chire é uma das fronteiras fluviais entre Moçambique e Malawi.
Moçambique partilha com Malawi uma linha de fronteira com cerca de 1400 quilómetros de extensão, dos quais, 888 são de fronteira terrestre, 322 quilómetros de divisória lacustre e 190 outros de fronteira fluvial. (Carta)