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O número de pessoas com cólera subiu para oito, na cidade de Maputo, anunciou ontem o Presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo, Eneas Comiche, durante a abertura da décima nona Sessão Ordinária da Assembleia Municipal da cidade de Maputo.
“No município de Maputo foram notificados oito casos de cólera, dos quais cinco no distrito municipal KaTembe e três no distrito municipal KaMubukwana. Face a estas ocorrências, reforçamos o sistema de monitoria e vigilância activa de doenças de origem hídrica e o treino em serviço dos técnicos comunitários, a fim de garantir maior qualidade na colheita e processamento das amostras em todas as unidades sanitárias municipais”, disse Comiche.
Entretanto, a doença continua a ser a principal causa de internamentos nas províncias da Zambézia e Tete onde já fez 15 mortes desde a eclosão do surto. À escala nacional a doença já causou 129 óbitos e contaminou 28.958 pessoas, das quais 19.663 já estiveram internadas.
Porém, o Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, anunciou nesta quarta-feira que, até 2024, Moçambique vai introduzir a vacina contra a malária. Espera-se que até 2030 a incidência nacional de malária reduza de 329 casos para 216 casos por 1000 habitantes.
Com a vacina preventiva, a mortalidade hospitalar por malária também deverá diminuir de 1,3 para 0,77 por 100 mil habitantes.
Por outro lado, em relação às chuvas que caíram intensamente nos últimos dias, Comiche diz que a cidade de Maputo ainda tem seis centros de acolhimento abertos, dos oito que tinham sido montados com capacidade para mais de 170 famílias.
“Neste momento estão em curso contactos com o Governo da província de Maputo, para atribuição de parcelas para o reassentamento das famílias que se encontram nos locais de risco na cidade de Maputo, concretamente nos distritos de Marracuene, Manhiça e Matutuine e no município de Boane”. (Marta Afonso)
