Os governos de Moçambique e Brasil vão cooperar no “Fortalecimento da Governação em Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)", na sequência de um projecto de cooperação assinado esta terça-feira em Maputo entre os dois países. A colaboração visa o desenvolvimento de mecanismos para o fortalecimento e integração do sistema de governação em segurança alimentar e nutricional em Moçambique.
O processo terá como base três componentes: mecanismos intersectoriais e participativos da governação em SAN em Moçambique; realização de cursos e capacitação de técnicos moçambicanos e fortalecimento do sector da saúde no âmbito das políticas públicas por meio do aperfeiçoamento do sistema de vigilância alimentar e nutricional em saúde e pela elaboração de instrumentos orientadores.
Segundo Leonor Mondlane, Secretária executiva do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar Nutricional (SETSAN), com o projecto espera-se que em curto espaço de tempo o país tenha meios de trabalho, como livros e catálogos que vão orientar o sistema nacional de saúde para a recuperação de crianças em estado de má nutrição e desnutrição crónica no país.
Por seu turno, o embaixador do Brasil em Moçambique, Aldemar Siabra,
"Nós queremos os mesmos resultados, apesar de que o Brasil ainda não alcançou o resultado ideal que nós almejamos em relação ao desenvolvimento humano e infantil, nós temos uma experiência acumulada e achamos que pode ser transplantada para Moçambique e que pode ser uma experiência muito útil. Com este projecto, almejamos que o desenvolvimento do Brasil corresponda e signifique sempre o desenvolvimento de Moçambique e com este instrumento esperamos que os dois países trabalhem sempre juntos, sobretudo no aspecto da capacitação e desenvolvimento humano”.
Orçado em 2.131.105 dólares, dos quais 2.020.355 serão financiados pelo governo brasileiro e o restante pela contra-parte moçambicana, o projecto é válido por cinco anos contados a partir da assinatura do mesmo e a contrapartida moçambicana, avaliada em USD110.750,00, será suportada pelos parceiros (UNICEF e PMA). (Marta Afonso)