O caso foi diagnosticado esta quarta-feira, na província de Maputo. Trata-se de um homem adulto e que neste momento encontra-se em seguimento numa unidade sanitária, na Cidade de Maputo.
O paciente apresentou-se na terça-feira (04) com febres, lesões cutâneas e história de uma viagem internacional recente e, após testagem com PCR, resultou em positivo.
Segundo o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, que falava à imprensa, neste momento decorre o rastreio de todos os contactos e seguir-se-á a testagem.
Em paralelo, decorre a formação de vários profissionais de saúde, em termos de maneio e diagnóstico de casos.
Entretanto, desde Janeiro deste ano até o dia 3 de Outubro, foram notificados cumulativamente 68.900 casos e 26 óbitos em 106 países. O continente Americano é o mais afectado, seguido da Europa e África.
Falando na conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica do país, Tiago disse ainda que, em relação ao continente Africano, no mesmo período foi registado um cumulativo de 714 casos e 13 óbitos em nove países.
Na região da SADC, foram registados cumulativamente 195 casos na República Democrática do Congo (190) e na África do Sul (5), sem registo de óbitos.
Em Moçambique, como resultado das acções de reforço da vigilância e da prontidão laboratorial, foram testadas até ontem 49 casos suspeitos, dos quais um foi positivo.
De acordo com o Ministro da Saúde, os principais sintomas da doença são: início agudo de febre 38⁰C, dor de cabeça intensa, linfadenopatia (gânglios inflamados), dores nas costas, mialgia (dor muscular) e astenia intensa (cansaço), com progressão de erupção cutânea de 1 a 3 dias, frequentemente com início na face e depois por todo o corpo, incluindo a planta dos pés e palma das mãos cutânea. A doença é auto-limitada e a maioria dos casos resulta em cura. (Marta Afonso)