A fase piloto será implementada na província da Zambézia e neste momento decorrem preparativos para a operacionalização do projecto, a partir dos meados do próximo ano.

A informação foi avançada esta segunda-feira pelo vice-Ministro da Economia e Finanças, falando na abertura do Seminário integrado no processo de desenvolvimento do Compacto II para Moçambique, atinente às áreas das mudanças climáticas e desenvolvimento costeiro.

“O projecto está neste momento na fase de preparação e, provavelmente, arranca nos meados do próximo ano e terá a duração de cinco anos”, explicou Deolinda Nunes, Especialista em Desenvolvimento Social e Ambiental, no Gabinete do Compacto II.

O seminário decorre até à próxima sexta-feira e tem como objectivo criar projectos específicos que serão desenvolvidos no terreno, buscar parcerias para angariar mais fundos e unir esforços para busca de melhores ideias para a reabilitação dos mangais e recuperação costeira.

“Com este seminário, pretendemos ainda juntar sinergias com os parceiros de desenvolvimento como forma de colectar mais fundos para o projecto orçado em 500 milhões de dólares, sendo que neste momento estão disponíveis 300 milhões de dólares financiados maioritariamente pelo Millennium Challenge Corporation (MCC)”, referiu Nunes.

Segundo Nunes, o projecto Compacto II inclui ainda três áreas como transporte e agricultura e o projecto integrado de clima e desenvolvimento costeiro.

Numa primeira fase, o projecto-piloto de desenvolvimento costeiro será implementado na província da Zambézia e depois um pouco a norte, neste caso para Nampula e um pouco para a província de Sofala.

No terreno, o projecto vai incluir trabalhos de estradas resilientes e de qualidade, com prioridade para a Estrada Nacional número 1 (N1), nomeadamente, o troço Chimuara-Nicoadala.

Lembre-se que o projecto Compacto II é uma iniciativa conjunta do Governo de Moçambique e dos Estados Unidos da América (EUA), através da agência Millennium Challenge Corporation (MCC), e Moçambique foi seleccionado em 2020, pela Administração Norte Americana. Este projecto tem o seu foco em três áreas fundamentais, nomeadamente, agricultura comercial, conectividade e transporte rural, mudanças climáticas e desenvolvimento costeiro.

A província da Zambézia foi eleita para a fase inicial do projecto, tendo em conta o seu posicionamento no ordenamento territorial, incidência da pobreza, entre outros factores. (Carta)