O Serviço de Migração de Moçambique vai realizar um censo para avaliar a condição de legalidade de estrangeiros no país, informou ontem o diretor-geral da entidade.
“Nós estamos a planificar um recenseamento de raiz dos estrangeiros, visando saber onde eles se localizam, qual foi o primeiro visto que usaram para entrar na República de Moçambique e quais são as atividades que estão a desenvolver”, explicou o diretor-geral do Serviço de Migração de Moçambique, Fulgêncio Seda.
O responsável falava à comunicação social na cidade da Beira, em Sofala, momentos após efetuar uma visita de trabalho à delegação do Serviço de Migração naquela província do centro de Moçambique.
Segundo a fonte, será a primeira vez que o país realiza este tipo de recenseamento, cujo objetivo principal é o “controlo da legalidade” dos estrangeiros em Moçambique.
“Estamos neste momento a desenhar a plataforma das informações que nós precisamos que façam parte deste leque de controlo que nós desejamos implementar pela primeira vez”, acrescentou Fulgêncio Seda, sem avançar a data do arranque do processo.
Questionado sobre a situação de Alberto Lário, treinador português de atletismo detido há duas semanas por irregularidades na sua documentação e que foi hospitalizado pouco tempo depois com covid-19, Fulgêncio Seda disse que o técnico vai ser deportado logo que apresentar um teste negativo.
“Estávamos só à espera da realização do último teste de covid-19 e logo que isso acontecer ele vai sair do país”, declarou Fulgêncio Seda, sem avançar mais detalhes.
O treinador, uma figura que tem sido uma referência para novas gerações do atletismo em Moçambique, foi detido há pouco mais de duas semanas, por existirem irregularidades na sua documentação.
Segundo as autoridades moçambicanas, Alberto Lário está em situação de irregularidade desde 2019, ano em que o seu Documento de Identificação de Residentes Estrangeiros (DIRE) teve o seu prazo expirado.
O técnico foi obrigado a pagar uma multa de cerca de um milhão de meticais (15 mil euros) e, para regularizar a sua situação, deverá voltar para Portugal.(Lusa)