O ministro da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla, revelou que o primeiro caso confirmado de varíola dos macacos foi detectado no país. Phaahla falava à mídia esta quinta-feira depois da reunião do governo.

Ele disse que recebeu um relatório do Presidente do Conselho da Administração (CEO na sigla em inglês) dos Serviços Nacionais de Laboratório de Saúde, na quarta-feira, que confirmou a detecção do primeiro caso de varíola na África do Sul. “O paciente é um homem de 30 anos de Joanesburgo, que não tem histórico de viagens, o que significa que isso não pode ser atribuído a ter sido adquirido fora da África do Sul”, disse Phaahla.

O Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis disse que o rastreamento de contactos está em andamento e o instituto está a trabalhar na identificação de outros casos. África do Sul e Moçambique partilham a mesma fronteira.

Um surto de varíola dos macacos foi confirmado em 6 de Maio deste ano, no Reino Unido, e começou num britânico que viajou para a Nigéria, onde a doença é endémica e, enquanto esteve lá, apresentou sintomas em 29 de Abril.

A varíola dos macacos, uma doença rara, é causada pelo vírus da varíola símia, que está estruturalmente relacionado com o vírus da varíola e causa doença semelhante, mas geralmente mais leve. Em humanos, a doença ocorre esporadicamente na África e em epidemias ocasionais.

A maioria dos casos notificados ocorreu na República Democrática do Congo. Desde 2016 também foram notificados casos confirmados na Serra-Leoa, Libéria, República Centro-Africana, República do Congo e Nigéria, que sofreu o maior surto recente.

O período de incubação da varíola dos macacos geralmente é de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). (Carta)