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segunda-feira, 16 maio 2022 08:35

Covid-19: Armindo Tiago diz que ainda não há motivos de alarme

O ministro da Saúde, Armindo Tiago, garantiu que não há motivos de alarme face ao crescente número de novos casos da Covid-19. O pronunciamento foi feito na última sexta-feira, em Boane, província de Maputo, durante a campanha de lançamento da iniciativa para melhorar a assistência médica para os veteranos militares. "O número de novos casos diários registados “ainda é mínimo”, disse Tiago.

 

De acordo com a AIM, nas últimas semanas, os novos casos registados rondavam entre 10 reportados, sendo que na quinta-feira foram notificados 19 novos casos e dia seguinte 15.

 

Entretanto, Tiago explicou que a taxa média de positividade é de cerca de 2%, razão pela qual o país encontra-se numa situação que pode ser considerada estável. “Nós continuamos a acompanhar as tendências com base nos indicadores, que actualmente estão em 2%”, referiu o ministro.

 

Por outro lado, dados partilhados pelo Ministério da Saúde neste domingo referem que foram registados cinco novos casos, sendo quatro moçambicanos e um estrangeiro e a taxa de positividade situa-se em 1.23%.

 

Refira-se que, desde a eclosão da Covid-19 em Moçambique, já foram realizados 1.320.180 testes para o coronavírus, e, destes, 225.498 acusaram positivo, sendo que a doença já causou 2.201 mortos.

 

O número de casos activos da Covid-19 subiu para 103, sendo a distribuição geográfica a seguinte: Cidade de Maputo 45; Cabo Delgado 21; província de Maputo 16; Sofala seis; Gaza seis; Nampula quatro; Manica dois; Niassa dois e Tete um. Não há registo de casos activos na Zambézia e Inhambane. O comunicado diz ainda que 14.944.163 cidadãos já foram totalmente vacinadas no país, representando 92,4% do grupo alvo.

 

Prematuro reforço das medidas no país, face ao aumento de casos na África do Sul - INS

 

Por seu turno, o director de inquéritos e observação de saúde do Instituto Nacional de Saúde (INS), Sérgio Chicumbe, as perspectivas de controlo da doença são favoráveis na África Austral, incluindo em Moçambique.

 

Chicumbe, que falava à Agência de Informação de Moçambique (AIM), avançou que a taxa de positividade, internamentos e de cumulativo de casos estão ainda num nível muito baixo que não justificam novas restrições. "Quando o número de internamentos em risco de morte for maior irá se justificar a adopção de medidas mais restritivas como forma de proteger o Serviço Nacional de Saúde", explicou.

 

Chicumbe disse que a nova vaga da Covid-19 que se observa na África do Sul revela que Moçambique e os países vizinhos devem ficar em alerta. "Mostra que a vigilância fronteiriça está estabelecida e fortificada e isto garante o acompanhamento da situação", esclareceu Chicumbe.

 

Por outro lado, Chicumbe frisou que Moçambique conseguiu uma boa cobertura vacinal contra a Covid-19, sendo que mais 92% do grupo alvo já foi completamente imunizado.

 

Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o aumento de casos que se verifica na África do Sul deve servir de alerta, sobretudo à medida que o país entra para o inverno. (Marta Afonso)

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