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O número de casos de malária em Moçambique reduziu significativamente, passando de pouco mais 11 milhões e 300 mil casos registados em 2020 para 10 milhões e 100 mil casos de doença notificados em 2021, o que representa uma redução em 11%.
Falando na cerimónia de celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Malária, que teve lugar esta segunda-feira, em Maputo, sobre o lema “Construindo resiliência e equidade para acabar com a Malária”, o Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, afirmou que Moçambique tem estado a registar progressos na prevenção e combate à malária. No entanto, não se pode acomodar tendo em conta que esta doença continua sendo um dos maiores problemas de saúde pública no país.
Maleiane sublinhou que a malária continua a representar um peso para o sistema de saúde e afecta a economia e o processo de desenvolvimento de Moçambique, visto que as estimativas revelam que são perdidos dois dias e meio de trabalho para cada caso de malária, o que se reflecte na redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,3% em cada ano.
“Neste contexto, reconhecemos que o caminho até atingirmos a eliminação da malária, como plasmado nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ainda é longo e difícil. No entanto, se continuarmos a agir em conjunto, poderemos atingir as metas previstas e termos a malária sob controlo no nosso país”, afirmou.
Por outro lado, o Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Severir Ritter Von, aponta que dados do Relatório Mundial da Organização sobre a Malária, referente ao ano passado, indicam que cerca de 95% dos mais de 2 milhões de casos estimados e seis mil mortes ocorreram na região africana e no mesmo ano.
Neste contexto, a maioria dos países saudou o anúncio da nova vacina contra a malária, para cuja produção a comunidade científica moçambicana contribuiu de forma significativa. “São necessários esforços adicionais por parte do governo e investimentos para combater esta doença no país para reduzir as infecções e mortes por malária, com foco na investigação que produza resultados na saúde das populações”. (Marta Afonso)
