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Ainda não é de domínio público em termos numéricos, mas é mais um caso de uso de falsas qualificações que nos próximos dias vai abalar o país. Em causa está uma diligência solicitada pelo Comando da Marinha de Guerra de Moçambique em finais do mês passado, numa altura em que vários técnicos, enfermeiros e médicos-militares estão a ser enviados para diferentes zonas de Cabo Delgado para fechar o défice de pessoal que se regista nos distritos onde os terroristas foram expulsos pelas Forças moçambicanas e estrangeiras.
Sucede que, em resposta, o Departamento de Saúde Militar do Estado Maior General, através de diferentes ofícios, entre eles, um com o número de referência 244/EMG/DSM/029/2022, assinado pela Directora Sidónia Fiosse Massangaie, sobre interdição de exercício de actividade, revela que alguns tenentes, cujos nomes preferirmos omitir, estão interditos de exercer as actividades nas áreas de saúde, em todas as unidades militares por se ter constatado que os seus certificados de formação eram falsos.
Conforme apuramos de fontes internas, a situação está a criar sérias preocupações no seio das FADM, uma vez que o processo de recrutamento não tem sido transparente, acabando por admitir indivíduos com qualificações falsas e que vêem o sector como solução para sair do desemprego.
Refira-se que ultimamente têm aparecido na imprensa casos de indivíduos que se fazem passar por membros das FADM, os quais andam envolvidos em casos não abonatórios para a instituição militar. (O. Omar)
