Três agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) vão sentar no banco dos réus para explicar os contornos que levaram à tentativa de assassinato de Momade Assif Abdul Satar (Nini Satar), ocorrida em meados de Fevereiro último, no interior do Estabelecimento Penitenciário Especial de Máxima Segurança (B.O.), na província de Maputo.
A informação foi confirmada na passada terça-feira pela Procuradora-Chefe da Província de Maputo, Evelina Gomane. Trata-se dos agentes José Nyangulele, Edson Evaristo Muianga e Lenine Marcos Macamo. Dois dos indiciados estão detidos, enquanto o terceiro (Lenine Macamo) encontra-se foragido, desde que o caso foi despoletado.
Sem dar muitos detalhes, por se tratar de um assunto sensível, Evelina Gomane explicou que o processo foi aberto após a denúncia feita por Nini Satar e pela própria direcção da B.O.
Refira-se que áudios postos a circular nas redes sociais revelam que o assassinato seria consumado por dois reclusos detidos na B.O. por meio de um envenenamento e que receberiam uma recompensa de 40 milhões de Meticais, para além de ganhar uma liberdade imediata, visto que iam cumprir um “desejo” de altos dirigentes do país. No entanto, a missão foi abortada graças à inteligência do Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP).
Lembre-se que Nini Satar encontra-se detido na B.O. desde 2002, onde cumpre uma pena de 24 anos de prisão pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso, ocorrido a 22 de Novembro de 2000. (Carta)