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quarta-feira, 02 fevereiro 2022 06:42

Plataforma Coral Sul só começa a drenar receita a partir de Outubro de 2022

A Plataforma flutuante Coral Sul FLNG já está em Moçambique desde princípio de Janeiro último para bombear e liquefazer Gás Natural (GNL) da Área 4 da Bacia do Rovuma. Dentro de quatro meses arranca a produção. Entretanto, as receitas não começam a cair logo após o início da produção. O Governo deverá esperar até Outubro de 2022, avançou, há dias, o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.

 

“A entrada em actividade da plataforma flutuante faz crescer a expectativa de impostos. Mas para este ano, mais concretamente neste projecto, nós contamos com receitas nos últimos dois meses”, afirmou Maleiane, citado pelo “Notícias”. Ainda assim, no Orçamento de Estado de 2022, o Ministério da Economia e Finanças prevê que o projecto canalize aos cofres do Estado uma receita avaliada em 34 milhões de USD, provenientes da produção e exportação de GNL.

 

A plataforma Coral Sul FLNG encontra-se em águas moçambicanas, volvidos 34 dias de viagem, a partir da Coreia do Sul. Uma nota publicada do Instituto Nacional de Estatística (INP), após a chegada da plataforma, explica que neste momento decorre o processo de certificação do heliporto para permitir a aterragem e descolagem de helicópteros, que transportarão as equipas de apoio e trabalho.

 

Após a conclusão da ancoragem, processo que inicia logo após a chegada da plataforma à área de produção, o INP vai efectuar uma vistoria à plataforma antes de proceder à emissão da Licença de Operação, em conformidade com o Regulamento de Licenciamento de Infra-estruturas e Operações Petrolíferas N. 84/2020, de 18 de Setembro. Prevê-se que esta acção ocorra até Abril do corrente ano.

 

A execução das actividades acima referidas está a ser levada a cabo por um grupo de 400 trabalhadores, alojados num hotel flutuante denominado CSS Termis, por um período de 200 dias, a partir de Fevereiro corrente.

 

A plataforma Coral Sul FLNG foi construída pelas concessionárias da Área 4, nomeadamente a ENH, com 10% de interesse participativo, a MRV com 70%, a Galp Energy e a Kogas, ambas com 10%.

 

A infra-estrutura tem 432 metros de comprimento e 66 de largura, chegando a pesar mais de 200 mil toneladas resultantes de uma complexa composição que inclui 12 módulos de superfície. Este projecto, que conta com um investimento de aproximadamente 7 biliões de USD, vai produzir e liquefazer 3.37 MTPA (milhões de toneladas por ano) de gás natural, usando os recursos provenientes do reservatório Coral Sul. (Evaristo Chilingue)

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