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sexta-feira, 14 janeiro 2022 06:23

Distrito de Mecula, no Niassa, registou sete ataques terroristas entre os meses de Novembro e Dezembro de 2021, que já provocaram 3.803 deslocados internos

A Governadora da Província do Niassa, Elina Judite Massegele, trabalhou na última quarta-feira (12) em Mecula, o distrito mais afectado pela onda de ataques terroristas, onde revelou que, de Novembro a Dezembro de 2021, aquele distrito registou sete ataques terroristas, tendo o primeiro ocorrido a 25 de Novembro, em Chiuca.

 

Em seguida registaram-se novos ataques nos dias 28, 29 e 30 do mês de Novembro e, posteriormente, entre os dias 02, 08 e 22 de Dezembro. Os ataques ocorreram nos povoados de Macalange, Nalama, Lichengue, Nampewuesso e Naulala1.

 

Segundo Massegele, o último ataque ocorreu no dia 22 de Dezembro na localidade de Naulala 2. Falando na sede do distrito de Mecula, a dirigente disse: "já reforçamos a Polícia da República de Moçambique (PRM) e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) nas posições mais vulneráveis, com vista a conter o alastramento do fenómeno, incluindo os locais atacados. Porém, a população tem um papel importante na sensibilização para manter a vigilância e incentivar a denúncia de movimentos estranhos ao nível do distrito".

 

Interagindo com as cerca de 1.192 famílias correspondentes a 3.803 deslocados internos, a Governadora disse: "temos de continuar a combater este mal que nos afecta e retarda o nosso desenvolvimento". 

 

De acordo com Elina Judite Massegele, os funcionários e a população dos locais não afectados devem continuar a levar a sua vida com normalidade, uma vez que reina tranquilidade garantida pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), tendo exortado os professores do distrito de Mecula a se fazerem presente aos locais de trabalho, uma vez que o ano lectivo está prestes a arrancar.

 

No local, o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) e outras organizações humanitárias distribuíram tendas, lonas, plásticos para cobertura, cereais, oleaginosas, óleo alimentar e roupa diversa. No entanto, para os cerca de 3.803 deslocados internos foram construídas 244 cabanas, 19 latrinas, faltando neste momento construir 173 cabanas e 14 latrinas para as famílias que ainda não possuem um lugar para ficar. Refira-se que este centro de acolhimento está localizado na vila-sede do distrito de Mecula. (Carta)

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