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O Tribunal da Cidade de Maputo rejeitou as tentativas da ex-cônsul de Moçambique na cidade sul-africana de Nelspruit, Ester Tondo, de obter liberdade provisória, enquanto aguarda julgamento pela sua participação num esquema fraudulento de utilização ilegal de fundos do Estado e cobrança ilegal para a emissão de vistos, de acordo com uma reportagem publicada terça-feira no diário de Maputo “Noticias”.
Tondo faz parte de um grupo de 48 indivíduos acusados pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção de Moçambique (GCCC) pelo seu envolvimento no esquema de apropriação indevida de fundos do estado e ela está actualmente sob custódia. O esquema fraudulento envolveu membros do Serviço Nacional de Imigração (SENAMI) e outras pessoas das missões diplomáticas e consulares do país, bem como pessoas que são estrangeiras para a administração pública. A estes últimos foi concedida fiança.
A equipa emitiria vistos de entrada para residentes estrangeiros sem cumprir o procedimento estabelecido, como uma verificação obrigatória pelo SENAMI no registro criminal do requerente e avaliação de seu perfil de imigração.
Ao abrigo do regime, indivíduos que não tinham qualquer ligação com o Estado moçambicano agiam como intermediários e procuravam pedidos de visto, principalmente de pessoas de nacionalidade chinesa ou do Bangladesh.
A papelada e o dinheiro foram transportados de autocarro para as missões diplomáticas moçambicanas na vizinha África do Sul e, dependendo da situação, os vistos foram emitidos em menos de um dia. Os passaportes foram apresentados ao SENAMI na fronteira e carimbados como se fossem parte da imigração normal. Os vistos foram emitidos maioritariamente a estrangeiros a viver em países onde Moçambique tem representação diplomática, bem como a quem já vive e trabalha no país, não devendo, portanto, recorrer a intermediários para obter o visto. (AIM)
