As Forças Conjuntas de Moçambique, Ruanda e os países integrantes da Comunidade de Desenvolvimento para África Austral (SADC) começaram, na tarde da terça-feira (21), uma megaoperação no Posto Administrativo de Quiterajo, no Distrito de Macomia, onde se acredita existir uma das maiores bases subterrâneas do grupo terrorista.
Segundo apuramos, a operação surgiu depois que 15 integrantes do grupo foram render-se às autoridades naquele distrito, tendo revelado dados importantes para que se chegue à aludida base. De acordo com as fontes, as operações no terreno prosseguiram em busca da base descrita pelos 15 terroristas rendidos como Siri III.
Lembre-se, as outras duas já foram desmanteladas pelas Forças Conjuntas que desde o mês de Julho combatem os terroristas, concretamente nos distritos de Mocímboa da Praia, Muidumbe, Palma e agora Macomia.
Segundo explicaram fontes militares, os 15 terroristas revelaram que a ordem das lideranças do grupo é que, independentemente da situação, ninguém saia do esconderijo. Mesmo com a escassez de mantimentos na referida base, as pessoas não são soltas e ficam no local até à morte. "Carta" apurou, de uma fonte militar, que a qualquer momento as autoridades irão apresentar os resultados da ofensiva.
Entretanto, no passado dia 20 de Setembro, um grupo de terroristas que se supõe terem saído de Moçambique atacou a região de Mahurunga, na Tanzânia, local que fica nas proximidades do distrito de Palma, na província de Cabo Delgado.
As informações acima apresentadas coincidem com o que o Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, disse há dias de que "a perseguição contra os terroristas é forte e satisfaz-nos o ritmo com que as coisas estão a acontecer (…) mas estamos a lutar com um indivíduo que primeiro não sabemos a estratégia que ele está a utilizar e porque é que está a lutar". (O.O.)