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segunda-feira, 06 setembro 2021 04:00

Emanuel Chaves garante que Chongoene não será “elefante branco”

O Presidente do Conselho Administrativo (PCA) da empresa Aeroportos de Moçambique (ADM), Emanuel Chaves, garantiu, semana finda, que o Aeroporto Internacional de Chongoene, cujas obras já estão na sua fase conclusiva, não será mais um “elefante branco”.

 

As obras de construção do aeroporto arrancaram em Outubro de 2018, todavia, desde a sua projecção, em 2016, até esta parte, a infra-estrutura é bastante criticada. Alguns estratos sociais defendem que ao invés de várias somas de dólares naquele empreendimento, a ADM aplicaria o financiamento para rentabilizar o Aeroporto Internacional de Nacala, província de Nampula, um dos maiores elefantes brancos do país.

 

Apesar das críticas, o Governo chinês injectou 60.3 milhões de USD e a 05 de Outubro de 2018 lançou-se a primeira pedra pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, numa visita efectuada à província de Gaza.

 

Volvidos quase dois anos após o arranque da construção, chega a pandemia. As obras observam uma paralisação. No contexto da crise provocada pela Covid-19, a RENAMO defendeu em sede do parlamento a realocação do investimento do aeroporto para fazer face às necessidades urgentes.

 

Entretanto, a Frelimo (a maioria no parlamento) fez ouvidos moucos. A construção retomou. Agora, o PCA dos Aeroportos diz que a infra-estrutura está pronta. “Neste momento, decorrem acções de recrutamento do pessoal para servir a infra-estrutura”, acrescentou Chaves.

 

Falando à Televisão de Moçambique, no âmbito da Feira Internacional de Maputo (FACIM), o gestor deu a entender também que, para além da contratação, continuam acções de Marketing do aeroporto, orçadas em 1.6 milhão de Meticais.

 

Questionado sobre a rendibilidade da infra-estrutura, Chaves não precisou as receitas previstas, mas afirmou que o “aeroporto não vai ser um elefante barranco” à semelhança do aeroporto internacional de Nacala, orçado em 125 milhões de USD emprestados pelo Brasil e que não está a produzir lucro desejado (devido a más projecções), sobrecarregando a dívida da já falida empresa de gestão de aeroportos nacionais.

 

O aeroporto de Chongoene está projectado para receber 220 mil passageiros por ano e com terminal de carga de 300 metros quadrados. (Evaristo Chilingue)

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