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quinta-feira, 19 agosto 2021 03:39

Governo moçambicano rejeita ingresso de 12 antigos guerrilheiros da Renamo na polícia

GuirilheirosRenamoAtaques

O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) disse, na última terça-feira, que o Governo rejeitou a integração de 12 antigos guerrilheiros do principal partido da oposição na Polícia da República de Moçambique (PRM) por falta de requisitos.

 

“Nós temos 35 guerrilheiros que vão ser integrados nas forças de protecção de altas individualidades [uma unidade da PRM], mas antes de irem para lá, há uma inspecção que é feita e quando fizeram a inspecção, 12 ficaram de fora e outros já seguiram”, declarou Ossufo Momade.

 

O líder da Renamo falava à margem de um evento partidário, realizado na cidade da Beira, capital da província de Sofala, centro do país. Ossufo Momade avançou que o partido está a seleccionar antigos guerrilheiros para integração na polícia que possam substituir os que foram devolvidos por falta de qualificações.

 

“Neste momento, estamos a fazer uma nova selecção de outros oficiais, para que possam fazer parte do grupo”, afirmou.

 

A integração de antigos guerrilheiros da Renamo na PRM faz parte do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) previsto no Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo e a Renamo, a 06 de Agosto de 2019.

 

Os antigos guerrilheiros que serão integrados na polícia serão afectos à segurança da liderança e instalações da Renamo, mas fazendo parte da orgânica da PRM.

 

Na semana passada, o principal partido da oposição acusou o Governo de atrasar a integração do referido grupo, recordando que a operação faz parte de uma das cláusulas do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional.

 

No âmbito do DDR, 2.307 ex-combatentes da Renamo já foram para casa, de uma meta de cerca de cinco mil antigos guerrilheiros. (Lusa)

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