Continua ensurdecedor o silêncio da Comissão de Inquérito constituída pelo Governo para investigar as causas do acidente de viação que matou 32 pessoas e feriu outras 27, no Posto Administrativo da Maluana, no distrito de Manhiça, província de Maputo, no passado dia 03 de Julho.
A referida Comissão de Inquérito foi anunciada no passado dia 13 de Julho pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suazi, à saída da 24ª Sessão Ordinária do órgão. Constituída por cinco membros, a Comissão tinha um prazo de 30 dias para apresentar o relatório, sendo que a mesma iniciou os seus trabalhos no dia 12 de Julho, pelo que, até ao dia 10 de Julho devia ter apresentado os resultados.
“Carta” não conseguiu apurar as razões do atraso, mas sabe que o relatório deverá, primeiro, ter o crivo do Conselho de Ministros, que só se reúne ordinariamente às terças-feiras.
Lembre-se que o acidente, do tipo despiste e capotamento, envolveu três viaturas pesadas, sendo um autocarro da transportadora Nhancale (que fazia o trajecto Beira-Maputo), um camião basculante e outro camião articulado. Na altura, testemunhas oculares relataram que o sinistro foi causado pelo condutor do autocarro que, na tentativa de fazer ultrapassagem, terá embatido num dos camiões, o que provocou o despiste e consequente capotamento.
Refira-se que são membros da referida Comissão: José Estêvão Muchine (Juiz Conselheiro Jubilado do Tribunal Administrativo – Presidente); os engenheiros Lo Kam Chong (do Colégio da Engenharia Mecânica) e Domingos Guiamba (do Colégio da Engenharia Civil), todos da Ordem dos Engenheiros de Moçambique; Mário Jacobe (da Ordem dos Médicos de Moçambique); e Alexandre Nhampossa (da Associação Moçambicana para Vítimas de Insegurança Rodoviários). (Carta)