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sexta-feira, 28 maio 2021 06:29

Ataque a Olumbe criou uma nova onda de deslocados

O ataque terrorista registado na passada sexta-feira, no Posto Administrativo de Olumbe, distrito de Palma, província de Cabo Delgado, forçou a saída de mais de mil pessoas daquele ponto do país, entre nativos e deslocados de guerra, que tinham naquele Posto Administrativo o local mais seguro a nível daquele distrito.

 

Dados avançados pelas nossas fontes indicam que, apesar de o ataque ter sido frustrado pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), os terroristas terão supostamente informado que pretendiam ocupar aquele Posto Administrativo, pelo que a população foi ordenada a abandonar o local.

 

Refira-se que o referido ataque foi confirmado pelo Presidente da República, durante a abertura da Sessão do Comité Central da Frelimo, que teve lugar no último fim-de-semana. Na ocasião, Nyusi avançou que os terroristas assassinaram cinco supostos colegas desertores. As nossas fontes não confirmaram este dado.

 

De acordo com as fontes, a população de Olumbe ter-se-á abrigado em Maganja, uma aldeia que se localiza na zona costeira do distrito, bem próximo ao projecto de Mozambique LNG, liderado pela petroquímica francesa Total. Parte da população que saiu de Olumbe é proveniente da vila-sede do distrito de Palma, de onde saiu após o ataque terrorista do passado dia 24 de Março.

 

Tal como em outros pontos da província de Cabo Delgado, em particular do distrito de Palma, em Maganja também há relatos de fome, devido à escassez de alimentos. Também não há condições de segurança, facto que torna a população vulnerável às ofensivas dos insurgentes.

 

Aliás, Maganja é um ponto de escala, pois, todos pretendem deixar o distrito de Palma rumo à cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado. Neste momento, o barco é o único meio de transporte disponível para o transporte de deslocados de Palma a Pemba.

 

Sublinhe-se que os ataques terroristas duram há mais de três anos, sendo responsáveis pela morte de mais de 2.000 pessoas (entre civis, militares e membros do grupo terrorista) e a saída de mais de 800 mil pessoas dos seus locais de origem. (Carta)

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