“Estamos na terceira vaga. Apertem os cintos” - declarou esta quarta-feira o ministro sul-africano da Saúde, Zweli Mkwize, ao lançar o SOS para o país sobre a presença na terceira onda da Covid-19. As últimas estatísticas indicam que a África do Sul registou até ontem 2.759 novos casos. Na terça-feira, o país contabilizou 1.548 novos casos e 71 óbitos.
O governante sul-africano advertiu ainda que os números não vão baixar, a menos que as províncias iniciassem medidas intensivas de contenção.
O alerta expõe em risco de contágio parte dos cerca de um milhão de moçambicanos que vivem na África do Sul, alguns dos quais indocumentados. A maioria trabalha no sector informal, além dos que trabalham nas minas e nos campos agrícolas. Por outro lado, operadores do sector informal, principalmente do sul do país, deslocam-se frequentemente à África do Sul para importação de mercadorias que abastecem vários mercados de Maputo.
Apesar do decréscimo do número de óbitos e de novos casos do coronavírus, Moçambique ainda observa o Estado de Calamidade Pública.
A África do Sul é considerada a economia mais avançada do continente e partilha uma extensa linha de fronteira com Moçambique.Cientistas que falaram sob condição de anonimato confirmaram a comunicação de Mkhize com relação ao aumento de casos positivos.
Numa comunicação amplamente difundida esta quarta-feira, Mkhize observou que os casos positivos de Covid-19 estão aumentando rapidamente. Para todos os efeitos, estamos na terceira onda, mesmo que eles não se enquadrem na definição técnica. A segunda onda na África do Sul atingiu o pico em janeiro, com uma média de aproximadamente 18.000 casos por dia. (FI)