Em meio que sem margem para manobras, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) veio, finalmente, este domingo, a público dar o ponto de situação do ataque ao distrito de Palma, província de Cabo Delgado. Numa lacônica comunicação, e sem direito a perguntas, o MDN, numa espécie de balanço, fala apenas de dezenas de mortes em consequência dos ataques terroristas.
Segundo Omar Saranga, porta-voz do MDN, os terroristas desencadearam acções que culminaram com o “assassinato cobarde de dezenas de pessoas indefesas” e provocaram danos materiais em algumas infra-estruturas do Estado.
O grupo “entrou dissimuladamente na vila de Palma e desencadeou acções que culminaram com o assassinato cobarde de dezenas de pessoas indefesas e provocando danos materiais em algumas infra-estruturas do Estado”, disse Omar Saranga, ladeado pelo porta-voz da Polícia da República de Moçambique, Orlando Mudumane.
Entre os óbitos registados, Saranga realçou um grupo de sete cidadãos que encontrou a morte, tal como disse, quando se precipitou numa coluna de viaturas que saía do hotel Amarula, que caiu numa emboscada dos terroristas.
Esta é a segunda comunicação das FDS sobre os ataques em Palma, num espaço de cinco dias. À semelhança da primeira, a deste domingo também não teve espaço a perguntas dos jornalistas, ficando por esclarecer, por exemplo, a identidade dos indivíduos que perderam a vida, se haviam ou não recuperado o controlo do distrito e ainda as baixas do lado dos terroristas bem como das FDS.
Adiante, Omar Saranga anotou que, após a ocorrência dos ataques, as Forças de Defesa e Segurança (FDS) reforçaram a sua estratégia operacional para conter as investidas dos terroristas e repor a normalidade em Palma, consubstanciadas no resgate e protecção dos cidadãos nacionais e estrangeiros.
O porta-voz do MDN disse, igualmente, que as FDS continuavam no terreno a trabalhar de modo a evitar investidas dos terroristas e criar condições para o regresso seguro das populações.
Relativamente às posições, Saranga pronunciou-se nos seguintes termos: “As posições das FDS estão neste momento sob o seu controlo”. (Carta)